sábado, 10 de dezembro de 2011

Mudança... o quão desconfortável e necessária ela pode ser de verdade?

                     

Que as coisas sempre se ajeitam no final não há dúvidas, mas quão realmente desconfortáveis as mudanças podem ser? ...aliás, reformulo: quão necessariamente desconfortáveis as mudanças são?
Não seria mais fácil se simplesmente nos importássemos apenas com o que vale a pena na vida, como o "agora"? Pensamos tanto no passado, idealizamos por vezes as coisas que lá aconteceram ou sonhamos (erroneamente) acordados com um "futuro melhor", nos importamos com o que as pessoas falam de nós, nos sentimos menosprezadas se nos olham com desprezo, envergonhadas e humilhadas se pensam que agimos daqueeeeeeeele jeito por puro ciúmes (ainda que elas mesmas tenham nos falado que deveríamos agir assim), mas por quê? Por que tanta necessidade de nos defendermos de um mundo que talvez nem nos esteja atacando? Ou melhor...por que essa necessidade tamanha de nos defendermos quando, mesmo nos atacando, o mundo não tem a propriedade de nos machucar?
Se eu não me importo com o que minha chefe pensa de mim (em especial porque nem mesmo sei se ela realmente pensa assim), por que deveria me importar com a forma com a qual ela fala comigo? S! e na verdade não considero que meu namorado seja tão gato a ponto de ter que ter ciúmes dele, por que sinto a necessidade de "defender meu território" quando ele posta coisas idiotas no facebook (em especial pq minha raiva maior não é do que ele postou, mas do que as pessoas que eu acho especiais vão pensar de mim se lerem aquilo no face dele, já que ele as tem adicionadas lá)?
Sem querer relembrar o passado...com o 1 (lembra sobre a forma de esconder os nomes? rs rs) eu simplesmente não (uau! Cheguei até aqui para parar e concluir que não sei bem o que escrever...não sei se não brigava com ele porque me sentia confiante, se era porque tinha medo de perdê-lo assim ou se só acho que devo brigar com o 3 para não perdê-lo), o fato é que eu nunca brigava realmente com ele...sempre pensava que não valeria a pena, que não seria para sempre mesmo, que eu preferia estar feliz...e olha só no que deu. Eu...eu fiquei sozinha.
O quanto a gente empaca no meio do caminho e se vê obrigada a sentar e esperar acontecer alguma coisa em nossa alma... esperar que ela chegue ao seu tempo certo para te encontrar alí. Acho que o problema é que a gente sempre quer andar mais rápido...mais rápido que nosso próprio tempo. Outras vezes a gente se atrasa de propósito, só por achar que se uma paisagem é realmente bonita, ela deve permanecer em nossa memória para sempre. A gente senta, pára e observa. Sorri mesmo quando vê que o céu está fechando e a chuva chegando... a gente se atrasa para não perder a beleza que viu um dia naquela paisagem ao invés de seguir em frente, certos de que o Papai nunca vai deixar que as paisagens realmente belas nos deixem realmente ir, nem deixar que levemos as paisagens conosco...são caminhos diferentes, momentos diferentes...só faz sentido ficar com elas enquanto seus caminhos se cruzem!
Tudo nesta vida passa...menos você. Não é justo se abandonar no meio da sua estrada. Não é certo correr por alguém ou parar por alguém. O ritmo é seu e o que realmente tem que ser seu tem que andar no mesmo ritmo que você, nem correr para te seguir nem parar para te esperar...como dois viajantes, vocês devem caminhar juntos, se ajudando, se deliciando com as passagens, observando juntos as flores da vida...mas você deve se lembrar como ver as flores do seu próprio caminho sozinho, porque os viajantes podem passar, mas sua estrada é para sempre.

domingo, 16 de outubro de 2011

Who am I?

                                  

"Who am I? Are you sure you wanna know? If somebody say I´m a normal guy, this somebody lies..." (Peter Parker)

"Ela: Quem é você?
Ele: Quem você quer que eu seja?" (As Bruxas de Eastwick)

Por fim, neste ponto da minha jornada, a pergunta essencial me inunda, me invade e me afoga, como se eu não pudesse respirar sem respondê-la...quem sou eu?
Decifra-me ou te devoro, dizia a esfinge. Hoje me vejo às voltas com meus atos, minhas "crenças" e meu jeito único de tentar agradar a todos, de fingir ser quem não sou, de copiar as pessoas que (a meus olhos) mais se encaixam nesse mundo maluco chamado Terra, de atuar constantemente, vibrando com frases estúpidas que parecem inteligentes, com atos diplomáicos que me fazem estar dentro das expectativas de todos os grupos dos quais participo e de minhas diversas "faces"... a doida, a legal, a legítima, a chic, a dançarina, a divertida, a certinha e por aí vai... me vejo às voltas com minhas personagens, como fantasmas que me assombram, me pegam de surpresa e me dominam ao ponto de eu já não saber mais quem é a personagem principal. A ponto de me perder em meio a tantas danças e não conseguir mais copiar a personagem mais importante desse eterno atuar que é a vida: Eu.

Vendo sonhos afinal? Quem os compra? Eu mesma, talvez...
E quanto aos meus segredos? Se eu me fosse amanhã, quem saberia quem eu sou, quem eu fui?
Nem mesmo eu tenho esta resposta...
Para continuar a viver do meu jeito, lanço o desafio: Como EU agiria se não usasse nenhuma máscara? O que o EU, sem máscaras está pensando? Será mesmo (e me desafio ainda mais nesse sentido) que ninguém me aceitaria pelo que realmente sou? Será mesmo que meus defeitos são tão feios que merecem ficar escondidos, como recôndidos segredos degregados no cárcere escuro de minha mente? Será que posso demonstrar meus medos, mesmo que eles sejam bobos? 
É infantilidade parecer boba ou ter receios bobos? Ou é só prudência e personalidade?

"Who am I? Are you sure you wanna know? ´Cause if somebody says I´m a normal girl, this somebody lies... is it really bad?" (Eu) 

                              

sábado, 10 de setembro de 2011

O caminho é imprescindível, a compania é opcional.

                        
Eram apenas planos, mas os senti reais... era apenas sonhos, mas desisti de uma infinidade de destinos por eles.
As escolhas...como as fazemos afinal? Erramos? Acertamos? Será q vale a pena desistir do paraíso para sentir com toda a intensidade o amor e a paixão que te derrubam, te arrebatam, pelo infinito presente em um tempo finito?
Vale a pena errar, pular de abismos, enfrentar monstros imaginários (e outros nem tanto) por elas? Até onde a racionalidade patente em nosso cérebro nos permite uma escolha consciente e até onde ela é apenas o sentido da sua vida inteira: escolher eternamente...seguir os instintos, os sentimentos, onde quer que eles te levem, ainda que saibamos que uma hora ou outra, o sonho que escolhemos sonhar estará fadado ao fracasso? Até onde entendemos de fracasso afinal?
Boulevard of broken dreamsX Iris (Go go dolls)... de que adianta voar se não podemos sentir o vento? De que adianta sentir o vento se em alguns segundos ele não passará de sentimentos aprisionados em nossa memória? E como viver a vida afinal?
Me sinto tentada a viver como vivia antes... a tentar ser a garotinha má.... não mais... hoje espero transcender a bondade e a maldade em detrimento de mim...porque eu mereço meu respeito...a ausência absoluta de desespero, eu mereço respeitar meus planos e meu tempo.
Quem andar comigo tem que me entender, tem que me respeitar e tem que saber que eu vou me amar acima de qualquer um...quem andar comigo deve ser espectador ativo do caminho que escolhemos andar juntos, mas não deve me arrastar, deve aceitar nossa separação quando nossos caminhos tomarem rumos diferentes e  brilhar ao som da minha risada enquanto curtimos nossa caminhada.
O que importa afinal, é o caminho... nascemos e morremos sozinhos. Caminhamos acompanhados na maior parte do tempo, mas não devemos mudar nossa jornada por ninguém... é o caminho que Deus nos deu para criar e é nossa responsabilidade aceitar as pedras e as paisagens, as dunas e as bifurcações.
Escolhas são para serem aproveitadas, degustadas, mas nunca repensadas pois não cabe arrependimento na estrada que seguimos.
O caminho é imprescindível, já a companhia... ela faz parte das escolhas da vida!
Ame-se, aceite-se e caminhe em paz.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Palavras são erros e os erros são meus! (A borbolta)


Hoje eu tive um dia péssimo. Uma pessoa que eu amo teve um dia ruim e conseguiu tornar meu dia miserável, interceptando qualquer tipo de conversa ou contexto social comigo, reagindo aos gritos a qualquer tentativa de conversa minha e praticamente o tempo todo, desejei sumir daquele carro. Eu estava com medo! Medo de ser inconveniente (como obviamente estava sendo), medo de não fazer alguma coisa direito ou de não ser inteligente o suficiente, medo de perguntar, de ofender, medo de existir...eis o medo que senti.
Aquele medo ao longo do dia foi tomando um rumo estranho em meu peito e quando tudo se aquietava, essa pessoa chegou novamente em casa...gritando irritado com alguma coisa, jogando alguma outra no chão e praguejando porque "nada havia dado certo em seu dia". Por um momento, me perguntei (internamente, é claro) se essa pessoa em questão não percebia o que tinha feito comigo e com o MEU dia...nas não, aparentemente essa pessoa não percebia.
Ela foi trocar uma torneira, (resumindo claro, rs) após xingar pelo fato da mesma não se consertar sozinha e por ter de pagar uma nova, depois pelo fato de não saber instalar a dita cuja e eu fiquei em meu computador, mastigando meus dedos e torcendo para ter me tornado invisível naquele momento. Eu estava com medo da raiva dessa pessoa. Não que ela fosse me bater, me espancar ou coisa assim, disso eu sabia, só não queria nem aguentaria ser mais alvo daquela raiva toda. Queria simplesmente ficar de fora...sumir.
Essa pessoa acabou me chamando (aos gritos enervados, claro) para que eu ajudasse a trocar a bendita torneira e percebi que minhas preces não haviam sido ouvidas, eu ainda era visível, não havia desaparecido e não tinha escolha, senão descer e fazer algo que eu realmente não queria, com uma pessoa que estava sendo irracional e ecompletamente injusta comigo, direcionando a mim toda sua raiva.
Num dado momento, confessei (aos gritos tb, pq tinha que me protejer, aprendi com o bulying que demonstrar fraqueza só piora as coisas)que estava com medo dessa pessoa, que só havia me dirigido gritos e havia pego no meu pé o dia inteiro, mas nada adiantou.
Desisti simplesmente de me defender por fim. Fiz o que me foi pedido, me rebelei uma ou duas vezes, sabendo entretanto que não adiantaria e que provavelmente essa pessoa me considerava como um "patinho feio", um "bode espiatório" para os gritos que ela não podia distribuir para as pessoas que realmente a irritaram durante o dia e fiquei quieta. Me deixei quebrar, machucar e ser chutada. Me deixei simplesmente limpar o chão após essa pessoa passar repetidas vezes com os pés molhados e, quando todo o trabalho ac acabou, fui tomar banho.
**********Eis a história... agora, vamos ao aprendizado:*******************
Não tinha outra alternativa nessa história toda senão me calar, me deixar quebrar e sofrer em silêncio, por mais que isso fosse humilhante e injusto pq eu amo essa pessoa e sinceramente, sabia que eu podia revidar, falar coisas ruins e deixá-la muito pior do que ela me deixava agora...eu sabia que podia simplesmente quebrar seu coraçãozinho já tão rachado, tão despedaçado e costurado de qq jeito e colocar minha dignidade acima de qq coisa, pois JUREI nunca mais me deixar ser humilhada e perseguida novamente depois de finalmente conseguir me livrar do bullying e seus fantasmas depois de mais de dez anos, MAS eu não podia fazer isso, pq a situação agora era diferente. Eu sei que meu coração vai parar de doer amanhã ou depois, sei que vai ficar tudo bem (essa pessoa já até tentou uma reconciliação puxando assunto e fazendo piadas, mas ainda é cedo demais), sei que eu suporto, que me recomponho, sei que essa pessoa me ama de volta, ao contrário daqueles meninos da escola primária (e secundária, já que foram os mesmos), sei que tudo se acerta e se quebra em nosso relacionamento de forma cíclica e, por mais triste que esteja exatamente agora, sei que nada vai mudar, que eu não me sinto culpada por ter dito coisas más e que ele tb não se sente assim...para ele já passou e ele mal sonha que para mim não...ele jamais terá idéia de quanto meu coração sangrou nesse dia, mas é tudo diferente.
Meu segundo aprendizado de hoje foi acerca do que aconteceu comigo tantos anos antes...o bullying....minha reação, minha vontade de sumir da sala de aula, de ignorar, como se eu não ouvisse os insultos, como se nada estivesse acontecendo (oooooooooopssss, vê algum padrão?).
A realidade é que eu lido com essa raiva há muito tempo e puxei ela para mim para proteger outra pessoa que amo muito (coisa de criança, mas ainda sou assim). Em todos esses acessos, por eu ser a parte mais fraca, a parte que começava retrucando, mas que nunca acabava, a parte que se assustava, eu era o alvo e quer saber? Eu fingia não estar lá. Fingia não ouvir os gritos daquela pessoa que eu amo no carro, fingia não me importar com as brigas, fingia que o fato dessa pessoa jogar coisas por ai não me assustava, mas me assustava...aliás, ainda me assusta.
Fingindo tudo isso, sempre calei meus sentimentos e...quando começou o bullying, apliquei a mesma atitude de "eu não ligo, não estou com medo" e assim nunca pude ter contato com meus reais sentimentos... o medo de mostrar que eu estava com medo chegava a ser maior do que a raiva pela injustiça de me colocarem medo. Isso me matou! Matou pq as coisas pioraram e ficaram insuportáveis, matou porque eu não sabia que reagir era melhor, matou pq eu tentava assim como em casa, ficar quieta que as coisas haveriam de se resolver e como em uma onda cíclica voltar a se deteriorar e resolver e deteriorar...só que fora dessas quatro paredes chamada família as coisas eram diferentes, mas eu não sabia!
Sei agora de onde veio tudo isso, me lembrei de muitas coisas hj, vivi muitas coisas.
Aliás, este ano vivi muitas experiências...negativas, mas por algum lado, positivas para minha vida e para o meu crescimento. Acho que Deus realmente sabe o que faz. Ele está de braços abertos para te pegar quando vc cair pelos reveses do mundo, Ele e só Ele vai te segurar, te abraçar te confortar e ninguém mais... não importa quanto as pessoas te amarem, nunca vão te ver ao todo, Ele vai! As pessoas nunca vão conhcer seu pior (nem aceitá-lo) e muitas vezes não vão ver o seu melhor, não vão assumir suas qualidades e talvez nunca a deixem saber quão importante você é em suas vidas e o quanto te adimiram (se é que o fazem), mas não tem problema, porque no final, Ele e você sabem!
Nathaniel Branden diz "você conhece suas falhas, saibam os outros ou não" como forma de te fazer adimitir defeitos ao invés de escondê-los (ou esconder-se atrás deles) pois eu digo que, além das falhas, você também conhece suas qualidades, suas vitórias e sua capacidade, saibam os outros ou não (ou às vezes, adimitam os outros ou não).
Por isso, você não precisa agradar as pessoas que você ama o tempo todo e da mesma forma, é inútil tentar ser adimirado e aceito pelas pessoas que você gostaria que te adimirassem, não adianta tentar ser digno de histórias homéricas sobre seu talento ou qq coisa assim, porque é simplesmente inútil...principalmente para as pessoas que estão convivendo ao seu lado, correndo com você e por isso mesmo vejam suas mudanças ocorrendo de uma forma tão paulatina que não consigam mudar a forma como te vêem (em geral como um bebê que baba e não consegue muito sucesso em falar palavras como "Coca-cola" ou "Agua Oxigenada" rs Talvez as pessoas que você mais queira agradar e que você gostaria que te adimirassem e tivessem orgulho de você já o fazem....só não tem coragem (ou como) falar ou demonstrar.
Tudo que você tem a fazer para vencer na vida é não fugir dos desafios, viver como você quer viver e não como acha que gostariam que vivesse e aproveitar a viagem que do resto, o Cara lá de cima cuida para você!!
Xx....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ς੭ Mentira, mentira e mentira ς੭

                                                  

Se eu tivesse de classificar a mentira, usaria a famosa frase de Richard Lovelance: "muros de pedra não fazem um cárcere nem barras de ferro prisão". Nós fazemos nossa própria carceragem e somos algozes de nós mesmos.
Ao pesquisar uma figura no Google com o título de "mentira", não encontrei alguma, porém muitos e muitos resultados apareceram para a palavra "verdade". Isso prova que a verdade tem muitos lados e que a mentira é simplesmente ignorada por nós, escondida e escorraçada de nossa memória, porém muito usada na vida cotidiana?
Quem nunca mentiu levanta a mão! Se alguém ousou levantá-la, mentiu outra vez. Usamos máscaras o tempo todo e todas elas requerem mentiras mais ou menos significativas para continuar existindo.

Camuflar sentimentos, colocar "panos quentes", desistir de lutar, cansar de tentar. Seriam essas também pequenas mentiras que contamos a todo instante para continuar vivendo? Será possível conviver sem mentiras? E como confiar nas demais pessoas se as vemos mentindo o tempo todo? Como entender um mundo cercado de maquiagens, de falsas verdades (às vezes tão verossímeis)? Como ver as pessoas por detrás de suas máscaras falsas de angústia não revelada, de raiva guardada? Como?
"Como"... a pergunta que não se cala em minha existência. Busco entender o mundo e as pessoas a meu redor com uma tamanha intensidade que me sinto perdida quando afinal percebo que não consigo. 
Enfim, não chego a conclusão alguma nesse post acerca das mentiras, das inverdades, das máscaras ou da confiança nas pessoas...eu mesma minto muito, até para mim mesma. Heis uma forma de continuar vivendo. No fim, a vida é isso, um emaranhado de mentiras e verdades que compõe cada história, um jogo aparentemente fácil (e é aí que reside o perigo do mesmo) onde cada personagem que entrelaça sua história na sua carrega máscaras, mentiras, mitos e venturas que não pertence a eles, onde você mesmo carrega as barras de ferro de suas próprias prisões, justificando a si mesmos a importância da existência de cada barra de ferro, de cada muro de pedra...encarcerando-se assim do mundo e de si mesmo. Será isso mesmo? Será verdade? No fim, é sé mentira, mentira e mentira! ;)
Xx.


                                   

sábado, 11 de junho de 2011

O Velho, o menino e o burro.

                                        
Originalmente escrita por Esopo, o Velho, o Menino e o Burro era uma fábula que descrevia a inutilidade de se tentar agradar a todos.
Diz a hisória assim:
"Um homem velho resolveu vender seu burro na feira da cidade. Chamou seu neto para lhe fazer companhia e seguiram os dois montados no animal. Passando por uma barraca de desocupados, escutaram os primeiros comentários críticos:

- Como é que pode, duas pessoas montadas num pobre animal.

Resolveram que o menino desceria e o velho permaneceira montado. Então seguiram viagem. Lá pelas tantas, em frente a uma lagoa, um bando de velhas também desocupadas e metidas a falar da vida alheia, comentou:

-  Que absurdo! Um velho explorando a pobre criança e fazendo-a andar nesta viagem cansativa.

Constrangidos, mudaram de posição, o velho desceu e fez o menino montar no burro. Tinham andado alguns metros quando alguns jovens, todos desocupados, sentados na calçada, externaram seu espanto com o que presenciaram:
- Que menino preguiçoso! Enquanto o pobre velho caminha, ele se mantém confortável em cima do burro. Que vergonha!

Após isso, o menino desceu e o velho não subiu. Resolveram caminhar puxando o animal. Já acreditavam estar fazendo da melhor maneira a viagem, quando passaram em frente a um bar, onde outro monte de desocupados começaram a dar gargalhadas, fazendo chacotas da cena:

- Que dois tansos. Um animal tão forte e jovem e eles andando nesta soleira, a pé.

O avô e o neto olharam um para o outro, como que tentando encontrar a maneira correta de agir. Então ambos pegaram o burro e o carregaram nas costas.
Moral da história: quem dá bola para os críticos não segue o seu caminho. E os abobados desocupados que se danem"
Assim acontece todo o tempo em nossa vida. Por vezes nos desdobramos a espera de agradar sempre às pessoas que nos cercam...às pessoas que são importantes para nós. Fazemos coisas que estão fora de nosso alcance e fora de nossa personalidade para sermos aceitos, sem porém recebermos crédito algum por nossos esforços e, muitas vezes, ainda sendo criticados por não termos agido desta ou daquela forma frente ao revés, pois eu digo: somos exatamente como o menino e o velho, tentando agradar a todos com nosso velho burro, por isso não somos reconhecidos.
Não quer dizer que nossos esforços não mereçam reconhecimento, mas simplesmente que aos olhos alheios (a maioria dos olhos alheios, ao menos), nossos atos de abnegação e a própria alteração de nosso trajeto é apenas a forma correta de agir, ainda que este ato contrateie nossos princípios, nossos desejos intrínsecos.
É que o ser humano possui uma capacidade toda dele de olhar para o próprio umbigo e de classificar o "certo e o errado" de seu próprio ponto de vista particular, então, não se pode agradar a todos...basta agradar a si mesmo.
Não importa o que aconteça, o companheiro inseparável de sua jornada será sempre você mesmo afinal, como diria minha mãe, os atos mais importantes você já faz sozinho...você nasce e morre completamente sozinho (pulando os embates acerca da presença de Deus e dos Anjos mesmo).
Então, não importa se sua mãe não aprove seu jeito de resolver seus próprios problemas e praticamente te force a lutar lutas que você considera contraproducentes, não importa se seu pai acha que você o cobrou demais pedindo maior participação na responsabilidade da casa (e uma carona/companhia para você fazer sua endoscopia), porque afinal, são as suas decisões que valem e o que te resta é só rezar para que as pessoas que realmente te importam te aceitem como você é, para que você consiga não se meter em muitas confusões ou, caso isso ocorra (visto que são inevitáveis), que você consiga sair delas sozinho e tenha alguém para ouvir sobre suas derrotas e suas vitórias, confiando que você é a pessoa certa para gerir a sua vida.
Hei...quanto isso parece um primeiro passo (ok, ok, primeiro passo tardio, admito) para se transformar novamente na rainha de seu próprio reino? Talvez as respostas não estejam no exterior after all...talvez estejam apenas em viver os problemas (e as soluções, claro) com a intensidade que elas merecem e sentir todo o desgosto, a injustiça, o calor do sol e o orgulho da vitória em você afinal, não há sentimento ruim que não traga algo de bom e se você viver anestesiando seu "sentir", jamais vai poder "ver" o arco-íris ao final da chuva....e te digo, por mais que chova (já que a chuva é inevitável), o arco-íris vale a pena!
Xx...
Eu.
(Lembre-se da música da Kate Perry... "you are a firework...boom, boom, boom...even brighter than the moon, moon, moon")

domingo, 22 de maio de 2011

❀Sentimentos❀

           

Quando penso em sentimentos, reais sentimentos que se aprisionam dentro de nós, desses que tem medo ou vergonha mesmo de se revelarem ao mundo, penso em uma imagem cinza e vazia...um verdadeiro cárcere de solidão, afinal, muitas vezes não revelamos nossos sentimentos nem a nós mesmos.
Para fundamentar minha tese, tenho ao meu lado a inexorável confusão de sentimentos. Quem nunca se sentiu confuso? Quem nunca teve raiva de algo que não conseguia sequer descobrir? Quem nunca se pegou confuso entre os ambiguos sentimentos do amor e da amizade (em especial, no meu caso, ao menos, entre um homem e uma mulher)?
O fato é que vivemos uma época de negação sentimental, de uma força socialmente construída, ao custo de sublimar a necessidade que todos temos de aceitar nossas falhas e fraquezas...mas invés, sentimos cada vez mais a necessidade da perfeição, da autonomia sem limites e toda essa negação do ser, do ego, cria pessoas cada vez mais solitárias em meio ao Caos social que a realidade nos impõe.
Cada vez mais temos mais amigos (um exemplo disso é o aumento das redes sociais), cada vez saímos mais (barzinhos, baladas, cinemas, teatros, uma diversão para cada gosto), cada vez nos socializamos mais, não exatamente pela proximidade de personalidades. Pela necessidade de preencher uma lacuna em nós, sentimos o dever quase cego de estarmos cercados de pessoas a todos os momentos..."pessoas que nos amem", porém não somos exatamente conhecidos...nem por nós mesmos.
Desta forma, relacionamentos amorosos se tornam cada vez mais instaveis, casais podem romper e se separar a qualquer instante e a insituição da família tornou-se mais uma vez uma confusão...confusão causada pelo próprio desconhecimento de si mesmo, pelas máscaras que usamos para encobrir nossas falhas, nossas fraquezas.
Mas em uma sociedade que nos impõe tantos medos (concorrência, às vezes até desleal, pouca ética, muita luta, muita cobrança, medo de ser deixado para trás, medo de ser obsoleto, desconfiança, cobiça, ambição e todos os desdobramentos causados por essas ações), como adiquirir força e coragem suficientes para expor suas fraquezas e seus defeitos? Ou melhor, como ao menos aceitá-los?
Fazem parte de nós, correto? Não podemos extinguir completamente nossos defeitos, podemos? Apenas se virarmos máquinas, creio...e ainda assim, estaríamos sujeitos a possíveis erros de fabricação.Então, como aceitar essa parte tão obscura e, porque não dizer, perigosa de nós mesmos?
Uma vez, em uma meditação, me foi possível fazer uma viagem pelo interior da minha mente....minhas gavetas de recordações, algumas cheias até a boca, outras quase vazias...altas prateleiras de memórias acumuladas em toda minha vida. Via alguns sujeitinhos estranhos e cinzas, como se fossem sombras correrem assustados pelo meio de tais prateleiras, como se me temessem. Quem quer que me acompanhasse (gosto de pensar que era meu inconsciente ou meu anjo da guarda), me disse que esses são meus medos. Olhei atentamente para eles e os achei engraçados...pequenos grundos de sombra, então disse que não me pareciam assim tão assustadores. Meu acompanhante então me disse que a partir do momento que você olha diretamente para eles, não são mesmo, perdem a mágica que os faz poderosos, por isso eu deveria buscar em meu passado minha redenção e em meu presente minha própria vida.
Assim acabou minha sessão de meditação, porém mais essa memória me acompanha até hoje. Quem sabe não acontece a mesma coisa com os sentimentos? Quanto menos olhamos para eles, quanto menos encaramos nossas falhas e fraquezas, mais somos assombrados por eles, afinal, como diria Nathaniel Brander: " Nós sabemos de nossas falhas, saibam os outros ou não". Será preciso harmonizar nosso lado negativo em nossas vidas, não com a intensão de modificá-lo, mas com o intuito de sermos plenos? Será possível ser pleno e assim, mais forte, mesmo que as demais pessoas te conheçam a fundo (digo, algumas pessoas, as importantes)? Será possível ser totalmente aceito? Ser aceito por completo? Será que vale a pena tentar?
Começo minha nova empreitada encarando meus sentimentos e os traduzindo em palavras para mim mesma. Talvez dessa forma, os defeitos tão terríveis que me enfraquecem sobremaneira transformem-se apenas em desajeitados grundos de sombra aos meus olhos e aos do mundo!
                          

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cinza em mim.



Meu dia hj foi pesado e minhas energias se esgotam ao segurá-lo por inteiro em meus ombros.
Hoje almocei injustiça, engoli sapos e tive que digerir tudo isso. Não foi um dia triste em si, foi cinza. Mais cinza do que o dia antes do seu aniversário deveria ser.
As coisas não deveriam ser assim...eu devia estar ansiosa por amanhã, pelo "dia de ser especial", mas, por mais que eu me repita que sou extremamente especial (e essencial) para mim mesma, hj não me sinto assim e sei q amanha não será assim tão diferente.
Tudo o que devia ser, o brilho que devia crescer em meu "dia mágico", esse ano está obscurecido. Minha tuti não vai passear comigo em um louco dia de compras no shopping, nem o 1 (nomes a parte ainda) vai me ligar como fazia todo ano. Esse ano, ninguém vai me compelir a comemorar meu aniversário, como se fosse grande coisa eu ter conseguido sobreviver por 27 anos.
Caraca!! 27 anos, como o tempo passa de pressa qdo a gente não quer que ele siga em frente, ne? Como as pessoas seguem em frente enquanto vc ainda espera sonhos e como os sonhos se tornam inatingíveis quando vc perde tempo esperando por eles.
Esse é o único ano em que não creio q o dia 26 de Abril é um dia especial para mim. Este é o único ano que eu não gostaria que ele chegasse...podíamos mudar o calendário, passar direto do dia 25 para o dia 27, mas não, o fantasma da diversão e do colorido que eu não vou ter esse ano me assombra e sei que tenho que parecer feliz. Quem diria, eu pensar assim!!
Estou crescendo? Talvez, dizem que os adultos não gostam de comemorar aniversários. Acho que estou adulta demais esse ano então, pois me sinto compelida a desligar o celular. Mentiras "sinceras" esse ano não me interessam!
Hipocrisia! Isso me faz detestar o fato de faltarem apenas 4 famigeradas horas para o dito dia. É a virada "mágica" onde todos fingem que vc é importante (pelo menos mais do que realmente é), que as coisas são maravilhosas (mais do que realmente são) e que todos estão felizes (sei sei!). Ceticismo da minha parte? Talvez, mas esse ano eu adoraria esquecer do meu aniversário (e que todos fizessem o mesmo). Se é para o meu brilho ficar cinza mesmo (como comentei antes), que pelo menos não tenham umas 20 pessoas tentando me convencer que o cinza é colorido e esperando que eu finja felicidade também.
É, estou meio dark hj. Talvez seja a data, a proximidade, os eventos do ano...ou talvez seja só minha nova visão dos fatos (ou minha real visão dos fatos, não nos esqueçamos que este ano estou pela primeira vez tirando as máscaras).
Como diria a música: "Que será será!! Wherever will be, will be. Que será será. What will be, will be!"
Xx.

domingo, 3 de abril de 2011

O que realmente vale a pena...

                                   
Paz. Estou só e não tenho perspectivas de estar com alguém no futuro próximo, mas sinto paz em meu coração.
Acho que sou tudo o que preciso no momento...meu coração, minha companhia, meus gostos...coisas que me esqueci nesses anos todos e agora tento resgatar, minhas particularidades.

Aqueles que não me valorizam não sabem realmente muito sobre mim. Meus defeitos (penso eu pelo menos) são mais do que aceitaveis, são...parte inegrante de mim e me amar significa amá-los também. Minhas opiniões são diferentes, mas são em geral derivadas de muito tempo de análise e pensamento frio sobre mim mesma, não espero que as aceitem, apenas que as respeitem.
Agora sinto que sei viver...sei estar só e acompanhada, sei dançar, rir e ficar calada (e pelo visto tb sei rimar rs), mas não me importo mesmo com o que as pessoas a minha volta venham a pensar sobre mim...sou um universo único e qualquer ser que me julgar antes de conhecer cada gota minha não merece minha explicação, minha atenção ou meu pensamento, por isso não me importo! Não agora!

Houve um tempo onde tudo foi diferente, mas a falta de máscaras me faz uma pessoa mais interessante, mais eu.

"...pela primeira vez os raios do sol bateram em seu rosto desnudo e me enamorei do sol..." (O Louco - autor desconhecido).

Assim eu também vi meu sol bater no espelho do meu rosto sem máscaras pela primeira vez e foi difícil aceitar o sol, mas eu amo esse calor, esse aconchego, esse abraço reconfortante de mim mesma e não vou desistir de buscar minhas metas...elas são tão importantes quanto eu, ainda que eu não venha a alcançá-las. O que importa é morrer tentando.
Aconteceu assim com a Promotoria, por isso desisti da minha tatuagem. Vale a pena esperar...vale a pena nunca conseguir (a tatoo) se for pelo meu sonho, minha realização, minha montanha!
Quanto ao meu coração...Deus sabe o que vale realmente a pena para ele...para mim. Acredito em Deus e tenho fé que muitas coisas boas estão por vir agora que consigo me amar, ser minha "melhor amiga", enxergar e amar também meus defeitos.
Me aceito como sou agora, nem mais nem menos. Mudaria muita coisa em mim ainda, mas me aceito e me amo. Quero deixar isso registrado, minha positividade, meu otimismo....ele sempre andou comigo, só que eu não sabia como escutá-lo. Treinar os ouvidos, respirar fundo, confiar (em Deus e em mim) e brilhar...é tudo que tenho que fazer para dar certo de agora em diante.
Paz no coração...nesse domingo e sempre!!
XX.

                                   

quarta-feira, 9 de março de 2011

Para jamais esquecer!

                    
Às vezes coisas aparecem em nossa vida e fazemos questão de nunca nos esquecermos delas, mas o tempo vai passando devagarinho,  as águas vão passando embaixo da nossa ponte e as memórias vão desvanescendo!
Uma dessas coisas que a gente não devia esquecer nunca, devia ler e reler todos os dias de nossas vidas vem o texto abaixo...verdades praticamente universais escritas por Regina Brett:

"1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.


10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.


11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”


 

terça-feira, 8 de março de 2011

Se a natureza ensina, será que a gente esquece?

                    
Quantas dúvidas no caminho, quantas perguntas não respondidas, quantos arrependimentos (mas sinceramente, se eu pudesse voltar ao passado, não mudaria minhas atitudes, prefiriria continuar a tê-los como "arrependimentos" do que como "realidade").
Escrevi em alguns posts atrás que "a natureza sabe fazer o rio chegar ao mar", pois em uma realidade inexorável e como expriência de vida me pergunto: se a natureza é tão sábia, se existe destino e se Deus olha constantemente por nós, por que tememos e duvidamos? Teríamos nós nos esquecido de que as coisas sabem seguir seu curso sozinhas, sem nossa intervenção?
Será realmente que nos iludimos ao pensar que as pessoas a nossa volta precisam mais da nossa ajuda (física e monetária) do que da nossa compania e amor? Pode-se dizer que somos assim egoistas?
Tememos o que não podemos explicar, o que não conseguimos entender, tudo bem, compreendo isso, mas no íntimo de nós, como podemos deixar de entender nossos semelhantes? Como pode ser tão difícil "cuidar" de alguém, confiar em alguém, deixar alguém entrar no seu coração ou ao menos abaixar suas barreiras? Como pode ser tão difícil ser exatamente quem você é, após passar anos usando máscaras? Será que máscaras viciam? Será todo esse turbilhão um misto de vergonha por se sentir fraca e exposta ao mundo com seu rosto desnudo? Será que essa exposição me condena, me desproteje ou me liberta?
Se a natureza tem o trabalho de nos criar perfeitamente cheios de defeitos, por que tentamos com tanto afinco escondê-los entre camadas de maquiagens e centenas de mentiras?
Existe um poema de Raimundo Correia que assim o diz:

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"

Sinceramente? Analisemos: prá que parecer venturosa aos olhos do mundo? Forma de proteção, forma de atrair seguidores, forma de nos sentirmos únicos e amados? Nós somos únicos e amados, só precisamos de aceitação e a aceitação começa em nós mesmos.
Tirar as máscaras é difícil. Exprimir seus medos, suas culpas, seus sentimentos (até aqueles que podem nos condenar ou nos deixar fracos) parece realmente complicado, mas ninguém disse que viver seria fácil. Fomos criados assim, nascemos assim e quando bebês, não nos importamos com nossos defeitos, somos amados incondicionalmente e sabemos disso. A mentira e as máscaras são algo que aprendemos ao decorrer da vida, simples adornos de proteção e vaidade, mas podemos perfeitamente viver sem eles...desde que encontremos as pessoas certas para viver ao nosso lado e nos aceitemos plenamente como somos, nem mais nem menos.

          

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

♥ Open Your Eyes ♥

                                                

Hoje, em um evento completamente aleatóreo e despretencioso acabei descobrindo o significado da mensagem que meus anjos queriam me enviar com a música "open your eyes" do Snow Patrol...a música que acabei chamando de "minha música de resgate".
Tudo aconteceu nesta manhã, quando peguei um café na cozinha e passeei com o líquido quente pela sala. Olhei pela janela e me voltei para dentro, então avistei o livro de mensagens angélicas e resolvi pedir uma inspiração e abrí-lo em qualquer página.
Olhei para o livrinho verde com a imagem de um anjo em minhas mãos, então fechei os olhos, buscando inspiração e disse" meus anjos, me dêem uma mensagem para o dia de hoje, já que estou passando por tantas mudanças internas, tantas dificuldades em retirar minhas máscaras e me encontrar novamente, tantos reencontros com emoções adormecidas do passado, com meus 'grundos de sombra', então, me dêem uma mensagem para hoje".
Em um piscar de olhos, me veio a música na cabeça, então subitamente compreendi que o "open your eyes", minha música de resgate, não tinha nada a ver com o 1, nada a ver com mais ninguém, apenas comigo mesmo. Era isso realmente que ela era: uma música de resgate e quem tinha que ser resgatada era eu mesma, como realmente sou.
Cheguei a um triste ponto (juro) de conseguir ser tudo o que eu queria ser (ou parecer ser o que eu queria ser), mas me olhar no espelho e não me reconhecer.
Disse antes e digo novamente, não tem sensação pior que não saber como você é realmente, mas ter certeza de que aquele rosto que te encara do outro lado do espelho é mravilhoso, mas não é seu. Saber que aquela menina confiante que inspira inveja nos outros é magnífica, mas não é você de verdade. Não tem dinheiro que pague a sensação de se sentir uma farsante, um embuste. Lembrei então do momento em que vivi essa situção e da música e concluí: finalmente abri meus olhos.
Ninguém disse que seria fácil "sair daquele quarto escuro pela última vez" (como diz na música), mas a vida fora das máscaras é compensadora e se as pessoas que eu amo realmente puderem me aceitar do jeito que eu sou, sem mais nem menos, será o paraíso. Penso eu agora que, se as pessoas que eu amo não puderem me aceitar do jeito que sou, sem mais nem menos, como disse acima, é porque elas nunca me amaram de verdade. Não posso culpá-las por isso, quem vai conhecer afundo uma pessoa que não se permite ser conhecida? Não, eu não as culpo, mas decido por livre e espontânea vontade correr o risco de perdê-las pois o tempo de máscaras passou. Agora realmente abri meus olhos.

" All this feels strange and untrue and I won´t waste a minute without you
My bones ache my skin feels cold and I´m getting so tired and so old

The anger swells in my guts
and I won´t feel the slices and cuts.
I want so much to open your eyes, c´ause I need you to look into mine.
Tell me that you´ll open your eyes, tell me that you´ll open your eyes.

Get up, get out, get away from these liars
´Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time

Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes


All this feels strange and untrue, but I won´t waste a minute without you".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Se olhe no espelho...



Dê uma boa e profunda olhada no espelho. O que você vê?
Hoje eu vi do outro lado do objeto refletor uma menininha de olhinhos assustados. Assustados como? Não sei, mas eu me vi. Tantas voltas eu dei, tantas coisas escolhi viver (ou não), mas hoje quando vi a mesma menininha que um dia fui na pré-escola olhando de volta para mim me assustei com a semelhança que ainda guardo em meu passado.
Então agora eu te proponho, tenha coragem e se olhe no espelho. Ouse dar uma olhada profunda no que existe dentro dos seus olhos...da sua alma. O que você vê? Que fantasmas ainda o assombram? Consegue sentir ao menos compaixão pelo que vê ou nem se reconhece mais?
É...por muito tempo não me reconhecia mais. Foi bom ver meu rosto de novo. Como naquela história do Louco: "pela primeira vez o sol batia em meu rosto desnudo e me enamorei do sol".
Quanto falta para andar sem máscaras? Quanto falta para aceitar a coragem implícita naquela menina assustada? Quanto falta para voltar a correr feliz? (isso é, se eu ainda não corro feliz).

O espelho é mesmo uma peça estranha da decoração de uma casa e ainda assim extremamente essencial. Assustadora quando te mostra espaços de você mesmo que você preferia esconder. Galanteador quando lhe agrada como seu corpo ou rosto ficam com uma nova peça de roupas, uma maquiagem ou pares novos de brincos. Companheiro quando tudo que você precisa é praticar um discurso ou conversar consigo mesmo. O espelho...tema de filmes e mais filmes de terror. Quanto ele realmente te mostra de sua própria alma? Quanto de sua própria alma você quer ver? De suas mudanças, de suas experiências, de suas máscaras. Quanto você esconde atrás de roupas caras (ou não) sérias ou arrojadas, de maquiagens e sombras para os olhos? Quanto de você é conhecido pelos OUTROS e quanto é um segredo até para você mesmo?
Se olhe no espelho, eu te proponho e redescubra amor e carinho por si mesmo. Se deixe respirar sem o peso do julgamento alheio...ao menos por algumas horas.

Xx.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Republicando!

                                
Veja só como é q vida... fiz uma publicação tão linda ontem, com reflexões e confissões acerca do meu caminho e da dificuldade que sinto em seguir em frente.
Veja só, encontrei o texto perfeito para ler todas as manhãs e me lembrar que realmente "ele é só mais um cara", que "destinos não são definitivos" e que "você já esqueceu um cara antes", mas depois da publicação, vejo hoje que tudo sumiu. Por que? Sem razão, apenas desapareceu do meu blog. As minhas palavras se perderam, só consigo me lembrar do final onde eu dizia que " você é realmente só mais um cara e eu...bem, eu ainda sou eu!".
Republico agora o texto que falei a pouco:

"Ele é só um cara. E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o Destino. É um cara.
Existem muitos destinos e, quer mesmo saber? É um cara como todos os outros caras. Esse que te perguntou as horas no meio da rua e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista e até o padre.
Ele estava ali o tempo todo. E não estava. Ele é só um deles. Vários. Uma legião. E ninguém.
Ele é só um cara que nem sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe que nome daria a um filho. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu.
Ele é só um cara e você já esqueceu outros caras antes."

Pois é, ele é só um cara e a vida segue em frente. Caminhos, estradas. Este ano minha palavra de ordem é ARRISCAR e arriscar é não ter medo de pular de cabeça, experimentar, tentar, cair talvez, mas sempre se levantar. Seguir em frente sempre, não importa o quão impossível isso pareça pois ficar parado escraviza a alma errante que existe dentro de você e cala o ser humano curioso que busca sempre avançar e melhorar.
"Melhorar", palavra estranha para quem passou muito tempo apenas tentando se adaptar, não?
Esse ano, arriscar é minha palavra de ordem e para arriscar, seguir em frente é preciso, não importa quão dolorido isso possa parecer no início, afinal, como disse acima, ele é só mais um cara e eu...eu ainda sou eu mesma.
Xx. (esperando que dessa vez consiga publicar e manter a minha publicação!)
    (as ever...on the road)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Olha só as coisas que a vida te diz qdo vc menos espera:

                                      

Um coração quebrado? A falta de confiança eterna? A negação ou a aceitação dolorida? Difícil saber o que o Destino nos reserva por detrás do manto de dores que passamos em meio a toda nossa vida. Os mantos vem e vão e então descobrimos o que há por trás deles, mas sinceramente, esse pequeno texto abaixo foi um achado no meu sábado encoberto. Quem sabe seja mesmo? Quem sabe finalmente meu coração possa descansar?
   
" Ele é só um cara. E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lagrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o Destino. É um cara. Existem muitos destinos. E quer mesmo saber? É um cara como todos os outros caras. Esse que te perguntou as horas no meio da rua podia ter sido ele e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista e até o padre. Ele estava ali o tempo todo. E ele não estava. Ele é só um deles. Vários. Uma legião. E ninguém.
Ele é só um cara que nem sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe que nome daria a um filho. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu. Ele é só um cara e você já esqueceu outros caras antes." (Desconheço o Autor).

Ser mais um, ser diferente, ser muitos ou ser poucos. Andar sempre pois parar é a única prisão que pode te segurar para sempre no mesmo lugar desconfortável e te tirar do seu caminho, da sua própria vida. Andar... ainda que não se tenha certeza de "para onde". Caminharei enfim. Quem sabe o que será do amanhã? Este ano para mim, a palavra-chave é ARRISCAR e arriscar é não temer, simplesmente seguir, experimentar, tentar, cair talvez, mas certamente se levantar. A minha estrada é longa e se abre em frente a mim. Por mais duro que seja vou caminhar. Perdi 04 anos da minha vida na prisão da espera, preciso recuperar meu tempo perdido, minha vida.
Caminharei e tentarei sim sentir o vento na cara, aágua fria batendo em minhas mãos, o cheiro das flores no caminho. No mais, o texto tem razão, ele é só mais um cara e eu...bem, eu ainda sou eu.

Xx.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Meus Lobos.



Diz a lenda indígena que temos dois lobos dentro de nós, um bom e um ruim, diz a mesma lenda que o lobo que aflora em nós é aquele que alimentamos...pois bem, meu lobo negro "saiu para passear" hoje novamente e arranhou minha alma enquanto eu o tentava prender novamente.
Agora me pergunto, qual o problema do meu lobo negro? Quando eu o alimento que eu não vejo? E principalmente, será possível conviver a vida inteira alimentando apenas o lobo branco? Não deveria haver um equilíbrio entre os dois lobos? Afinal, quem o defende de todos os ataques que você sofre na vida é o lobo negro, não o lobo branco. O lobo branco pode ser uma ótima compania, enquanto olobo negro é praticamente indesejado, mas a presença única e xclusiva do lobo branco te deixa indefeso, desarmado...em horas como essas é bom saber que existe um lobo negro preso em uma jaula em algum canto de nós, não?
Qual então é a melhor forma de balancear seus dois lobos, fazê-los conviver pacíficamente (ao menos a mais pacificamente possível) sem se tornar um "chato", "desagradável" ou um "problema" para a sociedade?
Valorizamos as pessoas boas e nos apegamos a elas como amigos e colegas, mas no fundo, todos admiramos aquelas pessoas que tem em si a liberdade de deixarem seus lobos correrem livres, lado a lado. Como elas fazem isso? De quantas coisas importantes tiveram que abrir mão para ter tal liberdade? De quantas coisas importantes elas ainda abrirão mão? Estaríamos dispostos a abrir mão de tais coisas pela liberdade que elas tem? Bem, creio que a resposta para a última pergunta seja NÂO.
Queremos fazer coisas que gostaríamos de fazer, mas não fazemos pelas consequencias de nossos atos, pelo preço que temos que pagar por um mau-humor, um descontrole ou mesmo um cinismo fora de hora. Queremos a liberdade, mas não estamos dispostos a encarar a raiva, o ódio e o ressentimento das outras pessoas, como então podemos ser realmente livres?
Todas essas perguntas deveriam ser acompanhadas de respostas, mas não são e eu ainda não as tenho.
Quanto aos meus lobos, bem, uma coisa é certa, um lobo aprisionado em uma jaula por meses, às vezes até mesmo anos vai sair com raiva e força para cima de qualquer um que ver em sua frente, especialmente se estiver com fome. O melhor jeito que consigo pensar para dominar meu lobo negro é deixá-lo sair com mais frequencia, liberá-lo de pouco em pouco, levá-lo para passear em lugares em que eu saiba que ele não pode ferir ninguém (com sorte nem a mim) e assim, quem sabe com esse equilíbrio (ou busca dele) entre bem e mal em uma só pessoa eu consiga encontrar meu ponto de sins e nãos nessa vida, quem sabe consiga ser mais verdadeiramente eu mesma, empunhar meus pontos de vista, lutar minhas guerras, não ter tanto medo de perder...quem sabe um dia, possa enfim assistir extasiada aos meus dois lobos correndo livremente lado a lado!

      

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lembrando de coisas importantes.

                                                  

Hoje venho nesse meu lindo bloguinho velho de guerra para deixar escrito um conto de um autor pelo qual nutro verdadeira adimitação e respeito: Paulo Coelho.
Essa admiração e esse respeito vem não só pelo fato de que adoro os livros dele, mas pois também comungo em muitos pontos com sua forma de pensar e me orgulho de dizer que os passos evolutivos mais importantes que já dei no meu campo espiritual tem muito a ver com os "sinais divinos", tal qual o que ele relata em seus livros.
Vamos ao texto. Um texto para nunca me esquecer de escalar minhas montanhas.

" Manual para subir montanhas:

A) Escolha a montanha que deseja subir: não se deixe levar pelos comentários dos outros, dizendo "aquela é mais bonita", ou "esta é mais fácil". Você irá gastar muita energia e muito entusiasmo para atingir seu objetivo, portanto é o único responsável e deve ter certeza do que está fazendo.

B) Saiba como chegar diante dela: muitas vezes, a montanha é vista de longe - bela, interessante, cheia de desafios. Mas quando tentamos nos aproximar, o que acontece? As estradas a circundam, existem florestas entre você e seu objetivo, o que parece claro no mapa é difícil na vida real. Portanto, tente todos os caminhos, as trilhas, até que um dia você estará em frente ao topo que pretende atingir.

C) Aprenda com quem já caminhou por ali:  por mais que você se julgue único, alguém sempre teve o mesmo sonho antes, e terminou deixando marcas que podem facilitar a caminhada; lugares onde colocar a corda, picadas, galhos  quebrados para facilitar a marcha. A caminhada é sua, a responsabilidade também, as não se esqueça que a experiência alheia ajuda muito.

D) Os perigos, vistos de perto, são controláveis: quando você começa a subir a montanha dos seus sonhos, preste atenção ao redor. Há depenhadeiros, claro. Há fendas quase imperceptíveis. Há pedras tão polidas pelas tempestades que se tornam escorregadias como o gelo. Mas se você souber onde está colocando o pé, irá notar as armadilhas e saberá como contotná-las.

E) A paisagem muda, portanto, aproveite: claro que é preciso ter um objetivo em mente - chegar ao alto. Mas à medida que se vai subindo, mias coisas podem ser vistas e não custa nada parar de vez em quando e desfrutar um pouco o panorama ao seu redor.

F) Respeite seu corpo: só consegue subir uma montanha quem dá ao corpo a atenção que ele merece. Você tem todo o tempo que a vida lhe dá, portanto, caminhe sem exigir o que não pode ser dado. Se andar depressa demais, irá ficar cansado e desistir no meio. Se andar muito devagar, a noite pode descer e você estará perdido. Aproveite a paisagem, desfrute a água fresca dos mananciais e as frutas que a natureza generosamente lhe dá, mas continue andando.

G) Respeite sua alma: não fique repetindo o tempo todo "eu vou conseguir". Sua alma já sabe disso, o que ela precisa é usar a longa caminhada para poder crescer, estender-se pelo horizonte e atingir o céu. Uma obsessão não ajuda em nada a busca do seu objetivo, e termina por tirar o prazer da escalada. Mas atenção, tampouco fique repetindo "é mais difícil do que eu pensava", porque isso o fará perder a força interior.

H) Prepare-se para caminhar um quilômetro a mais: o percurso até o topo da montanha é sempre maior do que você está pensando. Não se engane, há de chegar o momento em que o que parecia perto ainda está muito longe. Mas como você se dispôs a ir além, isso não chega a ser um problema.

I) Alegre-se quando chegar ao cume: chore, bata palmas, grite aos quatro cantos que conseguiu, deixe que o vento lá em cima (porque lá em cima está sempre ventando)purifique sua mente, refresque seus pés suados e cansados, abra seus olhos, limpe a poeira do seu coração. Que bom, o que antes era apenas um sonho, uma visão distante, agora é parte da sua vida, você conseguiu.

J) Faça uma promessa: aproveite que você descobriu uma força que nem sequer conhecia, e diga para si mesmo que a partir de agora, irá usá-la pelo resto de seus dias. De preferência, prometa também descobrir outra montanha, e partir para uma nova aventura.

L) Conte sua história: sim, conte sua história. Dê seu exemplo. Diga a todos que é possível e outras pessoas sentirão coragem para enfrentar suas próprias montanhas."
(Paulo Coelho in "Ser como o rio que flui").

Fato curioso acerca de tudo isso: Não é estranho ter um texto desses que fala tanto em buscar sonhos, em um "manual para escalar suas montanhas" em um livro que se chama "ser como o rio que flui" quando em minhas meditações previamente me foi dito que eu deveria ser como o rio e não ter raiva das pedras em meu caminho? Será uma coincidência ou um big sinal? Fico com a segunda hipótese, por isso escrevi esse texto aqui.

Bjinhus