sábado, 10 de dezembro de 2011

Mudança... o quão desconfortável e necessária ela pode ser de verdade?

                     

Que as coisas sempre se ajeitam no final não há dúvidas, mas quão realmente desconfortáveis as mudanças podem ser? ...aliás, reformulo: quão necessariamente desconfortáveis as mudanças são?
Não seria mais fácil se simplesmente nos importássemos apenas com o que vale a pena na vida, como o "agora"? Pensamos tanto no passado, idealizamos por vezes as coisas que lá aconteceram ou sonhamos (erroneamente) acordados com um "futuro melhor", nos importamos com o que as pessoas falam de nós, nos sentimos menosprezadas se nos olham com desprezo, envergonhadas e humilhadas se pensam que agimos daqueeeeeeeele jeito por puro ciúmes (ainda que elas mesmas tenham nos falado que deveríamos agir assim), mas por quê? Por que tanta necessidade de nos defendermos de um mundo que talvez nem nos esteja atacando? Ou melhor...por que essa necessidade tamanha de nos defendermos quando, mesmo nos atacando, o mundo não tem a propriedade de nos machucar?
Se eu não me importo com o que minha chefe pensa de mim (em especial porque nem mesmo sei se ela realmente pensa assim), por que deveria me importar com a forma com a qual ela fala comigo? S! e na verdade não considero que meu namorado seja tão gato a ponto de ter que ter ciúmes dele, por que sinto a necessidade de "defender meu território" quando ele posta coisas idiotas no facebook (em especial pq minha raiva maior não é do que ele postou, mas do que as pessoas que eu acho especiais vão pensar de mim se lerem aquilo no face dele, já que ele as tem adicionadas lá)?
Sem querer relembrar o passado...com o 1 (lembra sobre a forma de esconder os nomes? rs rs) eu simplesmente não (uau! Cheguei até aqui para parar e concluir que não sei bem o que escrever...não sei se não brigava com ele porque me sentia confiante, se era porque tinha medo de perdê-lo assim ou se só acho que devo brigar com o 3 para não perdê-lo), o fato é que eu nunca brigava realmente com ele...sempre pensava que não valeria a pena, que não seria para sempre mesmo, que eu preferia estar feliz...e olha só no que deu. Eu...eu fiquei sozinha.
O quanto a gente empaca no meio do caminho e se vê obrigada a sentar e esperar acontecer alguma coisa em nossa alma... esperar que ela chegue ao seu tempo certo para te encontrar alí. Acho que o problema é que a gente sempre quer andar mais rápido...mais rápido que nosso próprio tempo. Outras vezes a gente se atrasa de propósito, só por achar que se uma paisagem é realmente bonita, ela deve permanecer em nossa memória para sempre. A gente senta, pára e observa. Sorri mesmo quando vê que o céu está fechando e a chuva chegando... a gente se atrasa para não perder a beleza que viu um dia naquela paisagem ao invés de seguir em frente, certos de que o Papai nunca vai deixar que as paisagens realmente belas nos deixem realmente ir, nem deixar que levemos as paisagens conosco...são caminhos diferentes, momentos diferentes...só faz sentido ficar com elas enquanto seus caminhos se cruzem!
Tudo nesta vida passa...menos você. Não é justo se abandonar no meio da sua estrada. Não é certo correr por alguém ou parar por alguém. O ritmo é seu e o que realmente tem que ser seu tem que andar no mesmo ritmo que você, nem correr para te seguir nem parar para te esperar...como dois viajantes, vocês devem caminhar juntos, se ajudando, se deliciando com as passagens, observando juntos as flores da vida...mas você deve se lembrar como ver as flores do seu próprio caminho sozinho, porque os viajantes podem passar, mas sua estrada é para sempre.

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