Diz a lenda indígena que temos dois lobos dentro de nós, um bom e um ruim, diz a mesma lenda que o lobo que aflora em nós é aquele que alimentamos...pois bem, meu lobo negro "saiu para passear" hoje novamente e arranhou minha alma enquanto eu o tentava prender novamente.
Agora me pergunto, qual o problema do meu lobo negro? Quando eu o alimento que eu não vejo? E principalmente, será possível conviver a vida inteira alimentando apenas o lobo branco? Não deveria haver um equilíbrio entre os dois lobos? Afinal, quem o defende de todos os ataques que você sofre na vida é o lobo negro, não o lobo branco. O lobo branco pode ser uma ótima compania, enquanto olobo negro é praticamente indesejado, mas a presença única e xclusiva do lobo branco te deixa indefeso, desarmado...em horas como essas é bom saber que existe um lobo negro preso em uma jaula em algum canto de nós, não?
Qual então é a melhor forma de balancear seus dois lobos, fazê-los conviver pacíficamente (ao menos a mais pacificamente possível) sem se tornar um "chato", "desagradável" ou um "problema" para a sociedade?
Valorizamos as pessoas boas e nos apegamos a elas como amigos e colegas, mas no fundo, todos admiramos aquelas pessoas que tem em si a liberdade de deixarem seus lobos correrem livres, lado a lado. Como elas fazem isso? De quantas coisas importantes tiveram que abrir mão para ter tal liberdade? De quantas coisas importantes elas ainda abrirão mão? Estaríamos dispostos a abrir mão de tais coisas pela liberdade que elas tem? Bem, creio que a resposta para a última pergunta seja NÂO.
Valorizamos as pessoas boas e nos apegamos a elas como amigos e colegas, mas no fundo, todos admiramos aquelas pessoas que tem em si a liberdade de deixarem seus lobos correrem livres, lado a lado. Como elas fazem isso? De quantas coisas importantes tiveram que abrir mão para ter tal liberdade? De quantas coisas importantes elas ainda abrirão mão? Estaríamos dispostos a abrir mão de tais coisas pela liberdade que elas tem? Bem, creio que a resposta para a última pergunta seja NÂO.
Queremos fazer coisas que gostaríamos de fazer, mas não fazemos pelas consequencias de nossos atos, pelo preço que temos que pagar por um mau-humor, um descontrole ou mesmo um cinismo fora de hora. Queremos a liberdade, mas não estamos dispostos a encarar a raiva, o ódio e o ressentimento das outras pessoas, como então podemos ser realmente livres?
Todas essas perguntas deveriam ser acompanhadas de respostas, mas não são e eu ainda não as tenho.
Quanto aos meus lobos, bem, uma coisa é certa, um lobo aprisionado em uma jaula por meses, às vezes até mesmo anos vai sair com raiva e força para cima de qualquer um que ver em sua frente, especialmente se estiver com fome. O melhor jeito que consigo pensar para dominar meu lobo negro é deixá-lo sair com mais frequencia, liberá-lo de pouco em pouco, levá-lo para passear em lugares em que eu saiba que ele não pode ferir ninguém (com sorte nem a mim) e assim, quem sabe com esse equilíbrio (ou busca dele) entre bem e mal em uma só pessoa eu consiga encontrar meu ponto de sins e nãos nessa vida, quem sabe consiga ser mais verdadeiramente eu mesma, empunhar meus pontos de vista, lutar minhas guerras, não ter tanto medo de perder...quem sabe um dia, possa enfim assistir extasiada aos meus dois lobos correndo livremente lado a lado!

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