sexta-feira, 17 de junho de 2011

ς੭ Mentira, mentira e mentira ς੭

                                                  

Se eu tivesse de classificar a mentira, usaria a famosa frase de Richard Lovelance: "muros de pedra não fazem um cárcere nem barras de ferro prisão". Nós fazemos nossa própria carceragem e somos algozes de nós mesmos.
Ao pesquisar uma figura no Google com o título de "mentira", não encontrei alguma, porém muitos e muitos resultados apareceram para a palavra "verdade". Isso prova que a verdade tem muitos lados e que a mentira é simplesmente ignorada por nós, escondida e escorraçada de nossa memória, porém muito usada na vida cotidiana?
Quem nunca mentiu levanta a mão! Se alguém ousou levantá-la, mentiu outra vez. Usamos máscaras o tempo todo e todas elas requerem mentiras mais ou menos significativas para continuar existindo.

Camuflar sentimentos, colocar "panos quentes", desistir de lutar, cansar de tentar. Seriam essas também pequenas mentiras que contamos a todo instante para continuar vivendo? Será possível conviver sem mentiras? E como confiar nas demais pessoas se as vemos mentindo o tempo todo? Como entender um mundo cercado de maquiagens, de falsas verdades (às vezes tão verossímeis)? Como ver as pessoas por detrás de suas máscaras falsas de angústia não revelada, de raiva guardada? Como?
"Como"... a pergunta que não se cala em minha existência. Busco entender o mundo e as pessoas a meu redor com uma tamanha intensidade que me sinto perdida quando afinal percebo que não consigo. 
Enfim, não chego a conclusão alguma nesse post acerca das mentiras, das inverdades, das máscaras ou da confiança nas pessoas...eu mesma minto muito, até para mim mesma. Heis uma forma de continuar vivendo. No fim, a vida é isso, um emaranhado de mentiras e verdades que compõe cada história, um jogo aparentemente fácil (e é aí que reside o perigo do mesmo) onde cada personagem que entrelaça sua história na sua carrega máscaras, mentiras, mitos e venturas que não pertence a eles, onde você mesmo carrega as barras de ferro de suas próprias prisões, justificando a si mesmos a importância da existência de cada barra de ferro, de cada muro de pedra...encarcerando-se assim do mundo e de si mesmo. Será isso mesmo? Será verdade? No fim, é sé mentira, mentira e mentira! ;)
Xx.


                                   

2 comentários:

  1. Li,

    Não sei se é tudo mentira, talvez até seja... mas acredito que existam omissões, confusões e tanta escuridão em nós bem como nas demais pessoas, que alguma luz sobre essas trevas faz emergir coisas, questões ou situações que nos soa como algo dissimulado, encoberto... e que na verdade não são... mas concordo com a conclusão de que fazemos nossas prisões. Grande beijo!!!!!!!

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