Infinita highway

Será que a estrada é uma prisão? Ou será apenas a triste realidade, devemos andar por ela até o fim da vida?
Parar parece não ser uma questão de escolha afinal.. e aliás, temos mesmo tantas escolhas quanto acreditamos ter?
Estamos em constante movimento, por opão nossa ou dos outros. Lembro quantas vezes me repeti gritando junto com a música em alto e bom som em meus ouvidos "here I go again going on the only road I´ve ever known... like a drifter I was born to walk alone".... andar sozinho faz parte da estrada... tudo passa, mas o infinito continua. Às vezes é um infinito lindo que te anima a sair do lugar, a deixar o passado e correr em sua direção, mas às vezes, como um boulevard of broken dreams, você anda e continua só porque não tem a opção de continuar em um passado retorcido, quebrado, do qual você foi expulso... então você anda... sozinho. É sua única opção.

Talvez seja por isso que eu tenho tanta vontade (e receio ao mesmo tempo) de correr... para abraçar o final da minha estrada, sem nunca querer de verdade chegar até ela.

Ouvindo essa música... vendo fotos... estradas sempre me fascinaram.. por que? Porque sempre tive que continuar nelas.

Infinita highway

"Você me faz correr demais 
Os riscos desta highway 
Você me faz correr atrás 
Do horizonte desta highway 
Ninguém por perto, silêncio no deserto, 
Deserta highway 
Estamos sós e nenhum de nós 
Sabe exatamente onde vai parar 

Mas não precisamos saber pra onde vamos 
Nós só precisamos ir 
Não queremos ter o que não temos 
Nós só queremos viver 
Sem motivos nem objetivos 
Nós estamos vivos e é tudo 
É sobretudo a lei 
Dessa infinita highway, highway

Escute garota, o vento canta uma canção 
Dessas que uma banda nunca toca sem razão 
Então me diga, garota: "Será a estrada uma prisão?" 
Eu acho que sim, você finge que não 
Mas nem por isso ficaremos parados 
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão 
Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre 
Se tanta gente vive sem ter como viver 

Estamos sós e nenhum de nós 
Sabe onde vai parar
Estamos vivos sem motivos 
Que motivos temos pra estar? 
Atrás de palavras escondidas 
Nas entre linhas do horizonte 
Desta highway, 
Silenciosa highway, 
Infinita highway. 

"Eu vejo um horizonte trêmulo 
Tenho os olhos úmidos" 
"Eu posso estar completamente enganado 
Posso estar correndo pro lado errado" 
Mas "A dúvida é o preço da pureza" 
E é inútil ter certeza 
Eu vejo as placas dizendo "Não corra" 
"Não morra", "Não fume" 
"Eu vejo as placas cortando o horizonte 
Elas parecem facas de dois gumes" 

Minha vida é tao confusa quanto a América Central 
Por isso não me acuse de ser irracional 
Escute garota, façamos um trato: 
Você desliga o telefone se eu ficar um pé no saco

Cento e dez 
Cento e vinte 
Cento e sessenta 
Só pra ver até quando 
O motor aguenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei 
Numa das curvas da highway

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