domingo, 24 de março de 2013

O Hobbit



O Hobbit é um filme baseado em um livro que já li e hoje assisti pela segunda vez. Fala só sobre um tipo de pessoa que vive em lugares bonitos e nunca precisaram lutar muito por coisa alguma. Mas repentinamente, elas se veem envolvidas por uma aventura que bate à suas portas sem mais nem menos.
No começo, tudo parece bom e excitante, afinal, a aventura não é apenas para heróis. Qualquer um pode ser um herói... admirado.
Mas no decorrer do filme, como na vida, aparecem diversos desafios que esse tipo de pessoa que falamos no começo, jamais tiveram que superar, que experimentar... e dai, o conforto de uma lareira quentinha faz falta no fim do dia... e você sente falta da boa comida e daquela cama quentinha que você deixou para trás por conta de um objetivo... mas está longe demais para você voltar.
Você poderia chegar lá, mais rápido para o conforto do seu lar conhecido se você voltasse agora... mas se você pensar bem... você parece mais forte do que pensava... você chegou até aqui! E de repente, quando você se recusa a desistir e continua, admira alguém e é fiel ao que você se propôs a fazer, quando você enfrenta desafios junto com os guerreiros de verdade, uma parte de você muda e a coragem passa enfim a fazer parte de seus dias e quer saber? Nesse momento, não é mais a aventura que importa... ou uma lareira e um quarto confortável... não é mais a comida... são as pessoas, são os princípios, a coragem e o desafio de se ver mais um passo a frente. Não é a luta, como imaginamos no começo, que fazem os heróis admiráveis... é quão fiéis eles são aos seus princípios.... mesmo que não fossem no começo, mesmo que fossem covardes, comuns ou ardilosos, no final, sempre que se conta a saga de algum herói, conta-se também como ele foi fiel com seus princípios, com as coisas que descobriu no meio do caminho, que faziam parte de seu objetivo no mundo.
Esse objetivo é que temos que encontrar em nossa jornada. Não basta conquistarmos uma casa confortável, com boa comida e lareira quentinha, temos que sair do nosso porto e encontrar nosso propósito, até porque, em algum lugar, tem Alguém que acredita em nós... até mais do que nós mesmos!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Às vezes, vai que a vida é mais fácil do que o que a gente pensa....?

                            

Às vezes, vai que a vida é mais fácil do que a gente andou pensando por ai... vai que as coisas não sejam assim tão definitivas... que a dança do ir e vir das coisas não é assim tão importante... vai que a gente pode relaxar.

Quem sabe se pensarmos bem e tentarmos entender menos as coisas, os detalhes... as frases não ditas, as meias palavras e os sorrisos na hora errada... quem sabe se desistirmos de procurar significados ocultos em olhares diferentes, em brilho nos olhos ou naquela brincadeira que pareceu séria demais, as coisas fiquem mais fáceis?

Porque os significados não vem.... só vem as buscas e cá entre nós, elas são exaustivas...

De repente, se a gente despreocupar e desistir de agradar ao mundo, a gente acabe encontrando dentro de nós mesmos um brilho que agrade, senão a todos, ao menos àqueles que importam... seu brilho se encarrega de encontrar quem quer brilhar contigo...

Quem sabe não pode ser simples assim?? Quem sabe....?

Talvez desapegar do passado e saber desapegar do presente também faça o seu futuro um tiquinho mais leve... te deixe mais a vontade para viver sua própria vida e, no final... talvez não faça falta o que você perdeu por não prestar atenção, mas valha toda a vida que você conseguiu por caminhar e ver a beleza das coisas.

And "KISS: Keep It Simple, Stupied"

                   

quinta-feira, 7 de março de 2013

Felicidade



"Você é feliz?" - me perguntou um Hare Crishna uma vez... sorri e disse que era.... mas a pergunta me perseguiu e me persegue até hoje...
Passamos correndo pela vida e corremos tanto todos os dias que muitas vezes não temos tempo para perceber como é incrível a dádiva de ainda estarmos vivos.
Passei por algum episódio estarrecedor de vida ou morte? Talvez. Não tem como saber. Só sei o que sinto (e nem isso sei descrever direito, então vamos pular essa parte).
Só sei com certeza de que hoje esse pensamento de vida me inundou o dia todo. Um alívio, uma alegria, só por poder respirar... uma coisa tão forte e tão profunda que eu não conseguia nem falar... era um sentimento balançante, oscilando entre medo e felicidade... dor e alívio. Estava viva. Nada mais importava. Nem as coisas que deveriam me importar, que escrevi detalhadamente para fazer em minha agenda... nem os problemas dos outros que eu tinha que tentar resumir em palavras bonitas (que não saíram), afinal, o problema dos outros não me importava naquele instante... eu estava viva... isso importava. Queria respirar todo o ar que eu pudesse, comer tudo o que pudesse e dormir encolhida para o resto do dia (ou me encolher em um abraço).
Queria entrar na minha própria concha e pendurar uma plaquinha na porta: "Não Perturbe".
Mas invés disso eu sorria... eu fazia de conta que algo mais importava nesse dia (nem sei se choveu ou se fez sol!). Tentei seguir o programado na minha agenda ... juro que tentei... mas eram só palavras. Traços redondos em uma folha alinhavada feitos com tinta azul.. nada mais do que tinta sobre o papel...e o papel não era importante.
Tentei pensar no que houve... juro que tentei. Não consegui... me enterrei ainda mais em mim mesma e a vontade de me encolher em minha casca cresceu, então desisti... quando ficar mais normal, mais esquecido, mais arrefecido em minha alma e mente, então eu tento de novo... até lá me dou um descanso. Um descanso do medo.
Se nada aconteceu foi por sorte, proteção divina. Eu sinto isso em meu peito (e na boca do estômago, quando o friozinho incomoda na barriga). Nada aconteceu. E eu não podia reagir a nada. Podia? Nada aconteceu, mas senti o peso de um prédio caindo em minha cabeça.... senti o peso do que poderia ter acontecido.
E quando eu penso no que poderia ter acontecido, novamente olho ao meu redor e estudo os móveis do quarto. Eu estou viva. Eu estou aqui. O mundo gira normalmente, como ele deveria girar e tudo continua igual (só que diferente, entende?), mas eu estou viva e é isso que importa.

quarta-feira, 6 de março de 2013

I walk alone



I was afraid...
so I called you.

I tried to survive
but I found myself
screaming alone
in my scary road...

So I raised my head
swallowed my tears
and started to walk.

It was colder without you
I must admit this...
It was greyer without you,
yeah, indeed...

But I´m walking...
alone again in my road.
Should I try again to scream
so you could pretend to save me?

Should I have screamed before?
I needed you so much!
I needed your hug...
your security...
I needed to feel you in my heart...
and to feel me in your but I don´t...

I don´t and it scares me again.
Sorry, I must walk now...
´cause I am to scared to stand still...
sorry, I have to scape now...
´cause I survived today...
and I had to do it without you!



I´m alive!



Como? Eu não sei!
Juro que não sei.
Talvez seja exagero
talvez seja.
Mas eu senti isso...
claramente eu senti.

Sobrevivi.
Mais ainda...sobrevivi?
O que houve afinal?
Eu não sei....
não sei...
Não sei se seria um problema...
ou se era tudo normal.

Mas eu não senti assim...
tudo normal...
senti ao contrário...
sobrevivi.

Na minha mente, eu sobrevivi.
Menti. Tentei. Estressei. Vivi.
Não sei o que aconteceria,
mas senti como se estivesse
em um lugar realmente apertado...
acuada. Sobrevivi.

O que fazer agora
se ainda não tenho certeza
sobre o que passei (ou não)?

Como evitar
passar novamente por isso?

Não sei (eu grito!)
Ainda não sei, cara...
eu sobrevivi....
ou talvez tenha sobrevivido,
simplesmente não sei!