sábado, 25 de dezembro de 2010

Reflexões Natalinas

                                            

Como diria a música... "Então, é Natal". Hoje é exatamente dia 25 de Dezembro de 2010 e me ponho a pensar em minha sacada, na companhia silenciosa das estrelas acerca do meu ano. Daqui a 5 dias já começa um novo ano e, por incrível que pareça, pela primeira vez tomei a liberdade de fazer uma retrospectiva da minha vida.
Não é coisa fácil a tal retrospectiva, até porque todas as vezes que nos deparamos com a bendita, em geral, são citados em jornais e revistas os principais eventos do ano, que em geral são trágicos, então, como se fazer a retrospectiva de uma vida, ou melhor, de uma parte dela?
Nasci, cresci e lutei com muitas coisas no passar desses meus 26 anos, mas cheguei a conclusão que em nenhum outro ano dei tantos passos a frente quanto nesse.
Consegui meu primeiro emprego de verdade em minha área, ganhando um salário de gente grande e sendo tratada como um lixo em 40% do tempo (tempo esse que me fez pedir a demissão). Lutei de novo quando percebi que isso me deixava insatisfeita...e tive que ter muita coragem para isso. Foi mais uma luta, onde não saba se poderia vencer ou perder, quebrar a cara ou simplesmente me sentir bem com o que fazia, mas fiz. Assim de sopetão, como ninguém mais fez (pelo menos antes de mim), sem desculpas, na lata. Na real, como se deve fazer em todo e qualquer caso de assédio moral ou bulyng (Ah, se eu soubesse disso alguns anos atrás!!).
Então, tão rapidamente quanto entrei, saí daquele escritório, lutei novamente. Dessa vez contra a falta de dinheiro e, pior, contra a falta de auto confiança gerada pelo assédio moral/bullying e não foi fácil. Comecei psicoterapia, ouvi coisas que não queria e coisas que me fizeram respirar fundo e me impor como ser humano único que sou. Ouvi mais nãos da vida do que esperava, mas não desisti de tentar. Peguei casos só meus, desafiei meus conhecimentos, tremiiiiiiiiiiii na base, mas estava lá, altiva, com toda a banca de quem sabe o que está fazendo, passando confiança para as pessoas que deveriam confiar em mim, minha mãe, meus clientes, meus amigos, mas morreeeeeeendo de medo por dentro.
Rezei um bocado esse ano, pedi e segui sinais e caminhos que até agora não entendi pq segui, mas segui e sinceramente? Acabei me dando bem.
Sofri pequenas depressões, muitas inseguranças e cheguei a voltar alguns passos para trás quando me deparava com esses obstáculos. Chorei muito, sorri muito e no final, acabei sendo mais vitoriosa do que perdedora, então classifico como um bom ano.
Achei o "cara ideal", meu "príncipe encantado", que virou sapo assim que o beijei (exagero da minha parte, demorou uns 2 meses para ele virar sapo e sinceramente???? Foi o PIOR sapo que já pintou na minha lagoa...rs... mas até ai os amigos ja o conheciam e os parentes também... dentre mortos e feridos, salvaram-se todos.)
Veio a insegurança novamente, os "nuncas" da vida e o medo de me envolver e de me apaixonar, o medo de ser eu o problema (sempre pensamos isso, ne, mesmo qdo sabemos que n somos), medo de ser mais alguém surtado, essas coisas estranhas, mas superei... nos trancos e barrancos, superei.
Lutei de novo, agora com o medo de abrir meu próprio escritório... consegui vencer o medo e optar por tentar...
Agora chego em 2011 com espectativas. Medos, mas também espectativas. O que vai ser do meu futuro? Continuo sem saber. Como vai ser meu ano?? Nao faço a mínima idéia! Vou morrer solteira (rs)? Sei lá, mas se for para me casar com um sapo, prefiro minha solidão. Sapos são prejudiciais, ridículos e coacham muito. Resolução de ano novo?? Parar de beijar sapos.
                                         

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Suas teorias são a base para sua evolução. Não perca elas de vista!


Para onde segue o caminho? Será que vale a pena perguntar? Pergunto-me se alguém realmente sabe para onde está indo ou apenas vai, às vezes sabendo aonde quer chegar (ainda que aquele não seja o caminho almejado), outras vezes a esmo.
Creio que o mais importante nessa viagem insana da vida seja não perder de vista as suas convicções, a sua individualidade. Milhões de coisas podem acontecer e as chances de tudo dar errado são grandes, mas o que nos move em frente? A fé? A esperança? Não é nisso exatamente que creio. Creio que nossa própria condição humana, tão mutável que o é, nos impele para o desconhecido, como algo atávico.
Dizem que somente os animais são sucetíveis a atos atávicos, mas pense, em quantos atos nossos são repetidos em outras partes do mundo ainda que não havia comunicação entre os humanos. A própria mutabilidade, adaptabilidade e o "seguir em frente", em minha opinião particular são parte dos benditos atos atávicos.
Sem eles, não evoluiríamos, não nos adaptaríamos, mas vlto a perguntar: vale a pena parar no tempo e espaço em uma sociedade somente para seguir regras de conveniência, como o casamento, por exemplo? Seria melhor se casar com alguém que não se ama, somente pela adaptação, ou o certo seria a busca pelo companheiro certo? Existiria algo assim?
Como novo passo de minha jornada de busca, começo a divulgar aqui algumas de minhas muitas teorias. Se estiver certa, meu próximo passo depende de alguma delas (ou de todas misturadas). "Para quem não sabe onde ir, qualquer caminho serve" (o Gato Risonho em Alice no País das Maravilhas)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ser como o rio que não tem raiva das pedras em seu caminho...


Como me foi dito na meditação que escrevi aqui momentos antes, estou tentando ser como o rio, que não tem raiva das pedras que se interpõe em seu caminho, apenas as abraça e contorna, sem se preocupar, sabendo que as pedras apenas o fazem crescer.
A questão é que esta atitude ´exremamente difícil. Como não sentir raiva das adversidades da vida quando não consido nem mesmo parar de sentir raiva do "2" (garoto sobre o qual escrevi antes tb)? Como não ter raiva ou não evar para o lado pessoal o fato de você perder seu celular, sua câmera fotográfica car da sua mão no chão e não ligar mais (pelo menos por enqto), não ter dinheiro para fazer nem ao menos 10% das coisas que vc gostaria e ainda ter fundados receios de que seu empreendimento fracasse exatamente pela falta de capital para aplicação? Como não ter raiva de tudo isso?
Recebi outro "sinal" ao ver em uma livraria o livro do Paulo Coelho "Ser como o rio que flui". O fto é que nunca havia ouvido falar no tal livro, apesar de adorar Paulo Coelho. Abri o livro e lá estava uma citação acerca de um anjo, tal qual o anjo que me falou na meditação. Resultado: comprei-o.
Hoje, abri o livro e logo na primeira página, encontro um poema de Manoel Bandeira. Novo "sinal" que me conduz à próxima etapa. Aonde todas essas etapas vão me levar? Ao desprendimento? Ao autoconhecimento? À loucura?rs... Conseguirei um dia esquecer as mágoas e acreditar profundamente que as núvens são água como eu? Como deixar de ter raiva dos obstáculos e transpô-los, como se nada fosse pessoal, fosse apenas uma questão de posição e de solução? Talvez um dia tenha resposta para essas perguntas.
Aí vai o poema para reflexão:

" Ser como o rio que flui
Silencioso no meio da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas no céu, refletí-las.
E se o céu se pejam de núvens,
como o rio, as núvens são água;
Refletí-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas."
(Manoel Bandeira)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Outro tempo começou prá mim agora.

Algumas coisas me deixaram extremamente chateada e com uma raiva fenomenal de pessoas as quais eu não deveria realmente "odiar". Em verdade uma pessoa só conseguiu fazer comigo o que nunca ninguém conseguiu: me fazer continuar com raiva dela mesmo depois de passar uma semana! Palmas para essa pessoa...rs
Quanto de tudo isso tem a ver com o que ouvi na minha meditação passada? Ser como o rio, que não tem raiva das pedras, pois sabe que é só contorná-las e continuar crescendo...
Pois é, decidi, vou continuar crescendo, ainda que sempre que me lembrar da situação injusta (acho q minha principal fonte de raiva é não ter tido oportunidade de dizer a esta pessoa tudo que eu queria, ter seguido a educação e deixado para lá), vá sentir a mesma raiva que sinto agora.
Oficialmente publico aqui, já que meu orkut está "fechado para mentiras", pois sempre que publico meus pensamentos e sentimentos lá acabo me metendo em alguma encrenca, vou seguir em frente. Meu caminho é extenso e importante demais para parar por uma pessoa ou um estado de espírito. Hora de crescer. Meu reino é vasto demais para eu continuar sem me tornar sua rainha, belo demais para desistir dele ou prostergar sua tomada.

Sou eu e eu mesma.
Estou aqui, tomando decisões para seguir em frente, fazendo planejamentos e....acordando cedo novamente. Adoraria que isso continuasse, pois um pouco de disciplina e ar puro me fariam extremamente bem e pretendo continuar com isso.
Diante de tudo isso, coloco algumas frases para reflexão.
A primeira é da Ana Carolina "Prá rua me levar", onde ela diz: "...mas tenho ainda muita coisa prá arrumar...promessas que me fiz e ainda não cumpri...". Posso me esquecer de muitas coisas, mas as promessas que me fiz são sagradas e pretendo cumprí-las. Pretendo me tratar como minha melhor amiga, pretendo me deixar fazer escolhas e me colocar no centro de meu próprio templo...eu.
A segunda é de Mary Oliver, onde diz "Você não tem que agradar a ninguém. Nem tem que atravessar o deserto de joelhos para fazer penitência. Você só tem que deixar o animal dócil do seu corpo gostar do que ele gosta." Minha liberdade e minha vida dependem de quanto eu me lembrar desta frase e do quanto eu acreditar nela. Só o que preciso é agradar a mim mesma, os outros são a consequencia da minha felicidade, pois essa borboleta está só em mim, em mais ninguém.
E a terceira frase é a frase angélica: " Seja como o rio. O rio não tem raiva da pedra que bloqueia seu caminho. Apenas a contorna e segue em frente com a certeza de que as pedras são o que o fazem crescer".
Cresço agora. Nunca se esqueça da verdade universal: o caminho é seu caminho e só quem pode trilhá-lo é você. É maravilhoso ter alguém caminhando ao seu lado, mas é triste demais pedir a alguém que pare sua caminhada para esperá-lo ou tente correr atrás de você. Siga sua intuição simplesmente.
Bjinhus.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A bola!


Quem já parou para observar um cachorro e sua bola?
É como se a coisa mais importante para eles, pelo menos durante a brincadeira, fosse efetivamente a bola. Eles correm por ela, a buscam, até deixam a gente participar da brincadeira de vez enquando jogando a dita cuja para eles, mas no final, tanto ele quanto você sabem que a bola é dele. Quem vai mordê-la, mascá-la e até jogá-la para si mesmo se divertindo e abanando o rabinho é ele, não você.

Já viram aquela típica cena de filme de comédia, onde o namorado da garota joga a bolinha para o cachorrinho da garota buscar e a mesma cai para fora de uma janela, em geral muito alta e assistimos abismados quando o pobre e ingênuo animalzinho pula para fora da janela ignorando completamente seus instintos de sobrevivência para ir buscar a famigerada bolinha enquanto o referido namorado fica mais abismado ainda ao ver que acaba de fazer o bichinho de estimação da amada cometer suicídio?
Sim, isso é um retrato fiel da realidade. Quer dizer, não sei ao certo se os cães realmente pulam de prédios por causa de suas bolas, mas é certo que ignoram, pelo menos até certo ponto seu senso de sobrevivência por elas.

Hoje, estava jogando bola com minha cachorrinha no quintal quando a mesma caiu de um nível do quintal para o outro. O outro nível era aproximadamente cinco vezes mais baixo que a altura da minha cachorrinha, mas ela não exitou e pulou triunfante lá para baixo só para morder a sua bolinha novamente. Sim, é a mesma cachorrinha que há um ou dois meses atrás estava chorando, sem conseguir se levantar da caminha por causa da coluna. Obviamente dei uma bronca nela e disse que não ia mais jogar bola com ela (ela não pareceu se importar muito), jogou a bola perto de minhas mãos, depois no meu colo e quando viu por fim que eu não iria jogar para ela, foi brincar sozinha.
"É só uma bola, Laika, pelo amor de Deus" esbravejei.
Então algo pipocou em minha cabeça, não como um pensamento se espreguiçando e nascendo lentamente mas como um meteoro atirado com força em meu cérebro: quantas vezes não fazemos a mesma coisa que a minha cachorrinha fez por uma "bola"?
Sempre existe em nossas vidas um emprego, um namorado, um (a) amigo(a) pelo qual fazemos mais do que podíamos, mais do que deveríamos, saltamos de lugares altos, não nos importamos em nos machucarmos ou não, entramos em espinheiros, tomamos chuva, ficamos sem almoçar, fazemos horas extras, aceitamos o mau humor da pessoa, choramos, dentre outras coisas, mas afinal, não continua sendo só uma bola? Quero dizer, na situação específica, um emprego, um namorado ou um (a) amigo(a)???
De fato, entender os cachorros não é tão difícil quando paramos para pensar em quantas vezes fazemos exatamente o que eles fazem, mas por "brinquedos" diferentes, por motivações diferentes.
No final do dia, quebramos a cabeça, pés, braços ou corações, mas estamos de certa forma satisfeitos em termos nossas bolas ao nosso lado, porque elas são o que chamamos de felicidade, mas até que ponto isso está certo?
Até que ponto deveríamos praticar o desapego e entender de uma vez por todas que na verdade empregos sãos bons, te dão o seu dinheiro no final do mês e às vezes até algumas satisfações, namorados são bons, te dão amor, te fazem sentir importante e estão sempre por perto para dividir as coisas e amigos são bons pois vão sempre te dar conselhos, te pentelhar e estar ao seu lado para o que der ou vier, mas o que importa nessa matemática toda é o que essas três coisas tem em comum: VOCÊ.

Porque no final das contas, o espírito da bola não existe sem o cachorro. O espírito do amor, do poder, do companheirismo, da importância e da felicidade, também não consegue sobreviver sem você, então, pensando dessa maneira, só por hoje, seja mais egoísta. Pense um pouco mais em você, em suas satisfações, em sua coluna, em sua felicidade e pare de saltar de penhascos por sua bola. Desta forma, talvez a bola que seja realmente importante se canse de esperar e salte penhascos por você.

domingo, 21 de novembro de 2010

A busca pela Verdade!

" O que você faria se você perdesse o amor de sua vida?" (The OC - O mundo ao qual não pertence)

O que você faria se não soubesse quem é o amor de sua vida ou se ele realmente existe, mas se tivesse uma impressão nítida e clara que essa pessoa é na verdade alguém que já apareceu, orbitou e ficou tal qual um fantasma em sua vida até que você resolveu seguir em frente?
O que você faria se de repente, no meio do ato de seguir em frente, olhasse para trás e descobrisse que você não gostaria realmente de perder os fantasmas de seu passado?
O que você faria se o passado que você tanto ama fosse apenas um monte de escombros do que foi seu castelo de sonhos (que nunca foram muito o estilo de "príncipe encantado" de qualquer forma) e que você na verdade, por mais desesperada que se encontre no meio da floresta jamais poderia voltar para lá, pois o castelo que tanto deseja na verdade não existe mais? Você seguiria em frente ainda assim? Voltaria só para ver se não se salvou sequer um alicerce no meio dos escombros ou moraria neles pelas memórias que os pedaços detonados de sonhos lhe trazem?

São tantos caminhos, tantos pedaços de vida não vivida pelas escolhas que fazemos no decorrer de nossa jornada que a dúvida agora me persegue novamente.
Primeiramente, existem almas gêmeas? Será possível que duas pessoas destinadas a ficarem juntas em uma vida simplesmente sejam obrigadas a se separarem pela teimosia de uma delas? Será que tem mais coisas por trás disso ou será que tem bem menos coisas do que eu imagino existirem?
Como posso ter tanta certeza e tantas dúvidas ao mesmo tempo? Como alguém pode me confundir tanto? Queria tanto estar certa, queria tanto não olhar para o passado, não lembrar, não amar, não querer. Como pode, em tantos anos....?!?!
O que você faria se todas as suas certezas fossem mentiras? Como saber se se está realmente no caminho certo, na estrada certa? E pior de tudo, como interpretar aquele olhar, senão da forma que interpretei e como seguir em frente ao se lembrar constantemente daquele olhar e de suas promessas?
Preciso colocar para fora as palavras que vem de minha alma, as dúvidas que corróem meu coração e que minam todos os meus esforços de andar para frente.

Como se eu estivesse presa em um labirinto de sentimentos, vou e volto, ando em círculos e, quando sigo em frente me vem a nítida sensação de estar me distanciando mais e mais do que meu objetivo, do objetivo que Deus tem para mim.
Me sinto assim as vezes com o 2. Adoro a companhia dele, tenho a certeza às vezes de que tudo pode dar certo entre nós (as vezes), mas ainda assim não consigo viver com a possibilidade de perder o 1 para sempre. As fotos, as músicas, as frases... é como se não fosse a coisa certa me distanciar dele agora, como se... (razão) Ah, é sempre assim, o pensamento destrutivo que me segura no meu amontoado de destroços. Como sonhar novos sonhos em cima de destroços? Como construir novos castelos com alguém que não quer novos castelos? Isso não é justo!
Não é justo pensar em uma ilusão, adorar um passado tão complicado que desmoronou sem nunca virar um futuro ou tentar manter em pé castelos de sonhos construidos por uma só pessoa. Não é justo pensar tanto assim quando aparentemente, ele não pensa em mim, nem é justo parar no meio do meu caminho espiritual para esperar por ele, para voltar para ele. Não é justo.
Por outro lado, diz o ditado que, quanto maior o medo, maior a surpresa positiva afinal, o arco-íris só aparece depois da chuva. "No guts, no glory". Acontece entretanto que quanto mais tento me firmar na certeza de estar no caminho certo, quanto mais tento andar para frente e seguir com o que tenho, um terreno limpo onde ainda posso construir castelos, mas minha intuição (ou será o medo mesmo?) me faz olhar para trás e saber que estou perdendo algo... no melhor estilo "open your eyes".
Mas não sou eu que tenho que abrir os olhos, sou? Eu fui quem tentou, quem pediu, quem fez o possível e o impossível, quem reinventou o tempo e virou o mundo de cabeça para baixo. Será que era só uma questão de tempo? Será que estou mesmo me distanciando da saída desse labirinto? Será mesmo que quero sair?
A vida poderia ser tão simples, poderia ser como nos filmes ou nos contos de fadas, onde os enredos e roteiros pré-estipulados fazem algum sentido, mas não...ao invés disso, ela nos coloca caminhos emaranhados, corredores que se modificam conforme sua passagem e portas que levam à destruição ou ao sucesso...escolhas.
Serão mentiras as coisas ditas pelo 2? Aaaaaa... ao menos com o 1 eu tinha certeza de ter sempre a honestidade. Ele não sabia mentir.Nunca me disse que era engenheiro quando na verdade não era, que a avó dele estava doente, quando na verdade era uma reunião anual de família nem tantas outras coisas mais. Sou eu culpada por querer a segurança do que eu já conheço? Por querer aqueles olhos de novo?

"All this feels strange and untrue, but I won´t waste a minute without you
My bones ache and my skin feels cold and I´m getting so tired and so old
The anger swells in my guts and I won´t feel the slices and cuts
I want so much to open your eyes c´ause I need you to look into mine
Tell me that you´ll open your eyes, tell me that you open your eyes...
Get up, get out, get away from these liars c´ause they don´t get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers throug mine and let´s walk from this dark room for the last time
Evry minute from this minute now we can do what we liket anywhere
I want so much to open your eyes ´cause I need you to look into mine
Tell me that you´ll open your eyes, tel me that you´ll open your eyes...."
(Snow Patrol - Open Your Eyes - minha música de resgate!)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

♥Comemoração♥

Toda vitória merece ser comemorada, seja ela grande ou pequena, porque foi parte da sua luta em realizar o que lhe parecia certo.
Assim comemoro a minha vitória de hoje.
Não ganhei simplesmente a audiência ou mesmo a disputa com a outra advogada, que teve que se resignar e perceber que eu, OAB "275" era pelo menos tão boa quanto ela, OAB muito mais antiga que a minha.
Não, isso foi só uma parcela insignificante da minha batalha...e da minha vitória.

Comemoro hoje, ainda que não tenha encontrado uma foto que consiga aparecer nesse post, minha vitória sob meus medos. Minhas pernas tremiam antes de entrar na sala e minhas mãos continuaram tremendo, mesmo depois de entrar, mas eu não me calei. Não abaixei a cabeça nem um segundo sequer (e meu cliente adorou isso, obviamente). Não quer dizer que eu não estava com medo, muito pelo contrário, a batalha mais ferrenha que já travei na vida foi contra mim mesma, uma inimiga forte, que conhece cada um dos meus defeitos e faz questão de usá-los contra mim, mas eu venci.
Assim como toda luta deve ser travada (com respeito e amor ao seu adversário), toda vitória deve ser comemorada, por respeito e amor a si mesmo e hoje comemoro minha vitória com este pequeno post.
Não estive sozinha. Sei disso... tinha a mão de Deus para me amparar ao me jogar de costas e a presença maravilhosa dos meus anjos de Luz que me deram toda confiança que precisei.

"Brindo à casa, brindo à vida, meus amores, minha família..."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meditação - Um encontro de puruficação com meus Anjos de Luz

Hoje, ao acordar, uma sensação estranha me pegou pelo braço e me jogou contra a parede. Era uma sensação de medo, culpa e arrependimento (por ter escurecido meu cabelo, gasto meu pouco dinheirinho com isso e por não estar trabalhando, mas já ter desistido de 2 trabalhos, no mais pq eles não eram bons para mim).
Diante de tal sensação terrível, uma mensagem veio em minha cabeça: "considere esse tempo como férias e suas férias já estão pagas".
Senti uma forte vontade de meditar então. Acendi um insenso, coloquei meu CD preferido de meditação e tudo começou, não como sempre começa, com exercícios de relaxmento, mas da forma mais natural possível. Fechei meus olhos e já comecei a sentir-me conectada com meu anjo da guarda. Fazia perguntas e ele me respondia, então ele me guiou por um novo exercício. "imagine-se voando. Como seria? Você sentiria medo, ficaria com seu corpo duro, com medo de cair ou se soltaria e aproveitaria o momento?" Tentei fazer da segunda forma e me imaginei voando. No começo sentia um pouco de medo, mas então, me joguei de costas no ar e me senti flutuar ao invés de cair. Imaginei essa sensação diversas vezes, cada vez pulando de costas de um lugar mais alto no cômodo que me encontrava em minha imaginação e a sensação era de confiança e conforto total. Foi então que ele me disse "Viu como você pode confiar? É a mão e Deus que lhe segura todas as vezes que você se joga de costas no ar. Ela é leve e confortável, não sufoca ou aperta, simplesmente te ampara quando você se joga e confia nela e vou te contar uma coisa: ele gosta tanto quanto você da sensação de te amparar qdo seus filhos confiam nele desta maneira."
Realmente era uma sensação maravilhosa poder me jogar de costas no ar e ser amparada, como por um puf ou uma núvem, só que infinitamente mais macio.
Então meu anjo continuou a responder minhas perguntas. Me disse que eu não podia ter raiva dos obstáculos em meu caminho, que tinha que agir como um rio. Um rio não tem raiva de um pedra, ele apenas a observa, a envolve e a ultrapassa pois é muito mais versátil que ela, ele se estica em alguns lugares, se encolhe em outros e ultrapassa tranquilamente a pedra que continua parada no mesmo pequeno espaço, são as pedras que fazem o rio crescer.
Quanto a amores e passado, meu anjo me disse que eu deveria deixar ir o "amor preso" e me explicou o que é isso. Amor preso é quando você ama uma pessoa que não te devolve esse mesmo sentimento. Você guarda e represa o que sente em algum canto do seu coração, mas no fundo sabe que nunca vai lhe servir de nada. A energia do amor só vale enquanto está em movimento, ganhando luz e força, se ela pára, ficando represada dentro de você ela só causa dor, angústia e sofrimento. "Você tem que deixar ir todo seu amor preso", me disse o anjo. "Mas como eu faço isso?" perguntei "Como uma bolha, você faz só um pequeno furinho com uma agulha e o deixa escapar aos pouquinhos, dói no começo, mas é libertador. Não quer dizer que no futuro não possa mais existir amor entre você e esta pessoa, apenas que esse amor preso é energia morta, não serve de mais nada."
Então o anjo me sugeriu um último exercício: "agora imagine todo seu corpo brilhando". Imaginei. Vi meu corpo brilhar deitado na cama, onde sabia que estava e depois brilhar no quarto onde eu voava. Vi como era lindo brilhar, em todas as cores, em todas as sintonias, em especial no rosa.
"Esse brilho que você vê, é o amor" me disse o anjo "O amor nos faz brilhar e isso é lindo, por isso brilhe sempre que puder, para todos que você puder amar. O amor é vida e sem ele, a pessoa só faz sobreviver. Uma existência pálida e escura. Brilhe o máximo que puder". Neste momento, visualizei pontos brilhantes lindos ao meu redor enquanto voava. Eram anjos. Anjos de Luz.
Sem mais perguntas e sem mais ouvir a voz do anjo, simplesmente fui tomada por uma vontade louca de me espreguiçar e, sem pensar muito, o fiz. Espreguicei cada pequenina parte do meu corpo e me senti mais viva, mais renovada, mais purificada. Abri os olhos, alheia a tudo e simplesmente voltei da meditação. Tudo tão mais natural do que das demais vezes em que medito que nem sei se realmente não foi idéia dos anjos que eu meditasse agora. Nem sei se não foram realmente eles que me guiaram e se tudo que disseram não é realmente verdade, por isso resolvi escrever tudinho que me lembrei por aqui. Quem sabe assim não acabo lembrando?
A verdade é que ser como um rio e contornar meus obstáculos sem ter raiva deles vai ser um grande desafio para mim, mas se eu puder contar com a mão de Deus para me segurar sempre que eu cair ou pular de costas, provavelmente conseguirei cumprir esse desafio.
E uma coisa prometo de verdade. Amarei. Amarei meus pais, meu namorado, meus amigos, minha vida, minhas cachorrinhas e até a chuva, o sol, os sentimentos. Parece realmente que vivemos mais quando sentimos amor e carinho pelo mundo, quando entendemos as pessoas e seus defeitos. Então aí vai o "meu" recado a todos: **brilhe o quanto puder.**


terça-feira, 19 de outubro de 2010

❀ É o vento que vicia ❀


"Liberdade, vento forte em meus cabelos quero a direção do mar..."

Assim diz a música, mas assim também acontece na vida. Hoje, em um acesso de "loucura", resolvi correr ao pôr-do-sol. A atividade física é uma pequena rotina a qual estou pouco a pouco aderindo, mas sempre tinha feito in door.
Li em uma revista uma vez que a corrida em si envolve todo um ritual minucioso de encontro entre o corredor e ele mesmo. Corre-se de seus medos, corre-se de suas dúvidas, corre-se de seus problemas e da rotina, corre-se do estresse e a pessoa se encontra consigo mesma.
Resolvi tentar. Comecei receosa com a escolha do lugar, com essa onda de violência e tal acabei por optar correr em meu quintal dos fundos. É um terreno amplo, com espaço suficiente para um começo. Espaço suficiente para mim, meus medos e minhas duas cachorrinhas. Então dei os primeiros passos, no começo algo tímido e receoso, como se ainda tivesse alguém me observando, me julgando, mas então deixei a música tomar meus ouvidos e o vento acariciar minha pele. Fui tomada por uma sensação única de que mais nada existia no mundo...só eu, a música e o vento.
Não senti mais a dor em minhas pernas e joelhos (enferrujados pelo tempo), não senti  medo algum chegando perto de meus pensamentos, aliás, analisando agora, não haviam pensamentos...havia uma sensação de contato comigo mesma, uma sensação pura de distanciamento dos meus problemas (que acabaram se tornando bobos por um instante).

Quando mais pensamos em nossos problemas de forma equidistante, mais percebemos que eles não são tão grandes ou obstáculos tão intransponíveis quanto pareciam, mas acredite em mim... o que vicia é o vento.
A sensação inebriante de ser cercada pelo vento que mexe seus cabelos e te segue em cada passo é simplesmente extasiante. Ao que me parece em uma primeira olhada, é ela que te enlaça e não deixa seus problemas te alcançarem na corrida...é o vento que te acolhe e te proteje.
Sinto que a corrida, ou o "jogging" é uma parte importante da minha jornada espiritual... uma forma simples de aprender a deixar meus medos longe e de ver meus problemas de uma forma mais distanciada, me possibilitando encontrar a melhor solução. É esse encontro diário comigo mesmo que me fará aprender a amar meus defeitos, minhas qualidades e meus momentos. É esse amor, por fim que me fará esquecer de vez o que os outros pensam ou deixam de pensar a meu respeito, afinal, "the race is long and in the end, that´s only with yourself" (filtro solar).


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sem entender.


Estou sem entender... minha cachorrinha chora de dor no quintal e estou aqui dentro, esgotada de tanto tentar e me preocupar, sem porém fazer a mínima idéia do que pode fazê-la se sentir melhor. Me sinto uma péssima dona, uma péssima "mãe". Eu devia saber melhor do que todo mundo, pq ela é a minha companheirona, minha Dimon... parecemos parte da mesma alma quando ela está ao meu lado, quando ela me entende, quando tomamos sol juntas. Como pode ser possível que ela me entenda e que eu não a entenda?
Fomos ao veterinário semana retrasada e ele disse que era problema de coluna. Será? Pois depois do tratamento de 10 dias com anti inflamatório de cachorrinho e dipirona ela parecia ter melhorado, mas agora está chorando mesmo sem se mexer... talvez eu esteja agravando um pouco o quadro em meus pensamentos, pq quando a vejo ela parece estar bem, mas meu coração se esmaga um pouquinho a cada ganido que ouço vindo do quintal.
Amanhã.
Sempre pensamos no amanhã, no futuro... e se o amanhã não chegar? E se...hoje faz "aniversário" da morte da minha outra cachorrinha... Jamaica. Linda boxer que eu amei com a intensidade de melhor amiga... ela tinha cancer, estava mal. Muito tempo de sofrimento e tristeza depois, acabei pedindo à Virgem Maria (anos atrás) que se ela não fosse ficar boa, então que aliviasse a dor dela. Um dia depois do dia de Maria (12 de Outubro), ela se foi.
Quão estranho é o fato de justamente hj a Laika (sim, nome muito parecido) estar assim mal de repente? Se tem alguma coisa a ver? Não, não creio... apenas uma coincidência estranha, uma coincidência tão "coincidente" que até parece um sinal. Um sinal bem na minha cara, mas eu não consigo entender do que se trata. Droga! Porque que tem que ser assim? As coisas se manifestarem em minhas cachorrinhas? Por que só enxergamos o que está bem a nossa frente quando já passou a oportunidade de modificar as coisas?
Não acredito que ela esteja fingindo. Ela não é muito forte para dor, mas também não é de fingir...tem que ter alguma coisa, está tão claro, mas eu não consigo ver.São tantas perguntas reais que passam por minha cabeça que não consigo parar para dar atenção às imaginárias: trocar de veterinário? Será que o vet acertou o diagnostico? Sera que posso fazer algo por ela? Uma dipirona p dor, talvez? Amanhã estarei sozinha o dia todo, como levar ela no veterinário se as coisas piorarem já q ela surta no carro e acaba sendo uma escolha entre dirigir (ou bater o carro tentando segurar ela)? Será que uma de minhas melhores amigas de 4 patas (tenho duas) vai ficar bem?
Gostaria de poder entender o que ela fala quando late para mim, gostaria de saber aonde dói e o que acontece. Gostaria de poder fazer alguma coisa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

**Tudo exatamente onde deveria estar**

 
" Por que há alguns meses atrás me queixei que não estava conectado com a Energia Divina? Que bobagem! Sempre estamos, é a rotina que não nos permite reconhecer isso." (Paulo Coelho, em sua obra " O Aleph")
 
Na mesma obra citada acima, o autor diz que a vida é o trem e não a estação. Não poderia concordar mais com uma afirmativa afinal, meu trem está em movimento...vejo a estação ficando longe de mim, até quaaaase não mais poder enxergá-la (mas ainda me lembro dela, lembro com carinho), até chegar à próxima e à próxima e repetir o ato de observá-la até que ela se afaste.
Não há tristeza em se deixar uma estação...há sim a incerteza da próxima e é isso que nos faz querer ficar estacionados na primeira...e se a próxima for pior? Impossível saber, mas é possível se ver sempre o lado positivo de cada pessoa, de cada estação que esbarra em seu trem, umas mais, outras menos... ninguém precisa estar sozinho na jornada da vida, mas precisa necessariamente estar consigo mesmo antes de estar com os outros...só dessa forma a jornada continua a trilhar seus próprios trilhos.
Superar o passado, viver o presente e saber onde se quer chegar com o futuro... essas são as metas de meu "caminho espiritual". Hoje me sinto exatamente dessa maneira, como se o passado tivesse desprendido seu peso de minhas costas e agora me deixasse caminhar, livre de culpas, (quase) livre de medos. O vento morno bateu em meu rosto esta manhã e me trouxe aromas muito conhecidos da minha infância, da minha vida sem medos, cheia de certezas, com pouquíssimas complicações e fiquei alguns instantes buscando esse cheiro naquele vento enquanto ele brincava com meus cabelos... levantei e abri os braços...Ah, a liberdade do vento...o mesmo vento que sopra em Santiago de Compostela levando os caminhantes a ter seus insights soprou em meu rosto esta manhã salpicada de sol, me trazendo a certeza absoluta, quase como um sinal, de que eu estou exatamente onde deveria estar.
Meu coração sente isso agora, apesar de ainda se apegar às coisas boas vividas na estação passada, mas já vislumbro a seguinte. Estou pronta para parar e tomar um sorvete...estou no meu trem, em movimento.
Mais do que perceber, agora eu SINTO que qualquer escolha diferente que eu houvesse feito no passado me jogaria exatamente para o mesmo ponto em que estou agora e fico feliz em caminhar.
Sinto a dor misturada com a felicidade e uma pitada de medo (mais um "friozinho" na barriga, eu diria), mas não me deixo dominar por nenhum deles... os sinto em toda sua intensidade, mas não me deixo dominar...agora experimento a liberdade do vento, a liberdade que nada espera e que tudo consegue, a liberdade de se mover por todos os pontos em que desejar, conhecer todos os lugares e não se importar com as pessoas a seu redor, mas vez ou outra, transformar a vida delas em um sorriso de sol.
Ser de novo rainha de meu próprio reino é ter a liberdade para tomar minhas próprias decisões, sentindo as dores e felicidades que elas acaretam...e as sentir com a intensidade do momento em que duram, nem as cultivar demais, nem as sublimar também. A natureza sabe guiar o rio até o mar.
 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Viagem Espiritual!



Estou no meio de uma viagem espiritual... um meio único de redescobrir minha essência, meu verdadeiro "eu". Algumas pessoas fazem isso durante o caminho de Santiago de Compostela, outras em viagens à Itália, Bali (como em "comer, rezar, amar"), mas eu, sinceramente, optei por fazer meu caminho aqui...onde nasci e cresci...São Paulo.
Pela primeira vez na vida sinto que estou exatamente onde deveria estar...nem um passo adiante, nem um passo atrás... sinto que não errei o caminho, simplesmente estou.
Não me arrependo de nada do que fiz e pretendo continuar dessa forma, pois arrependimento e culpa são dois sentimentos que corroem tudo de bom que existe por dentro... meu segundo passo foi escolher agir com o coração, não com a razão... o terceiro e mais difícil, posso dizer, foi escolher sentir tudo o que se há para sentir no momento presente, seja a sensação boa ou ruim é simplesmente sagrada para o momento e tentar pará-la no meio é não aproveitar a viagem da Vida.
É, eu sei...estou um pouco espiritual demais hoje, mas acredite, com exceção do medo (que também não te leva a lugar algum), os sentimentos são maravilhosos e nos fazem muito bem, tanto os bons quanto os ruins, pois, por menos que se queira admitir, todos eles fazem parte do nosso caminho da vida, a famosa "busca pela felicidade" e porque não dizer então que a felicidade pode ser simplesmente sentir todos os momentos possíveis?Porque não degustar uma bola de sorvete em Roma, sentir o vento soprando seu rosto em Santiago de Compostela ou mesmo degustar o mesmo sorvete em São Paulo, sentindo o vento quente da tarde soprando em seu rosto? As sensações são as mesmas, mas muitas pessoas precisam mudar radicalmente de ambiente para sentir as mudanças de forma radical...escolhi entretanto o caminho mais difícil: sentir radicalmente as mudanças, sem mudar radicalmente de ambiente.
Meus objetivos são claros: resolver os pontos obscuros do meu passado( todos temos coisas que gostaríamos de esquecer, mas esquecer não basta...temos que confrontá-las), aproveitar ao máximo meu presente (sentindo todos os sentimentos que eu puder) e melhorar meu futuro (afinal, só é possível saber que caminho seguir se você conhece o viajante...nesse caso, vc mesmo).

Preciso de um tempo longe da vida que eu tinha...não somente enquanto trabalhava naquele lugar tão opressivo, mas também da correria que me impus para esquecer o passado. Quando se tenta esquecer o passado, seus problemas crescem em seu cérebro...são meros grundos de sombra, se você os ilumina, vê como na verdade são pequenos e engraçados, como você na realidade já os superou há tempos atrás. 
Preciso de um tempo longe das minhas inseguranças para descobrir quão forte eu sou, um tempo longa dos meus temores para descobrir que sou capaz e de um tempo longe dos fingimentos para saber como sou de verdade e me amar mais...saber que o mundo também pode me amar, me aceitar e me acolher.
Preciso ser EU para poder ser mais leve...para poder escolher com sabedoria meus caminhos e meu futuro.

Este é o meu Caminho Espiritual... minha estrada desconhecida, minha viagem com sabor próprio...estou só nesta busca, ainda que esteja muito bem acompanhada no resto de minha vida, mas nessa estrada, preciso estar só comigo mesma para escolher com precisão cada curva e bifurcação, preciso ir sem pressa para não me deixar para trás nem "sair correndo de mim". Meu caminho, meu tempo, minhas mudanças...
O medo e a segurança caminham ao meu lado. Esperança de curtir a viagem da melhor forma possível...saudade de quem eu fui, de quem eu sou e de quem eu serei. Mal posso esperar para me encontrar novamente ;)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

❀Desacelerando...com culpa!❀

❀❀ Hoje é terça feira e estou em casa!.!
Pedi minha demissão na 5ª feira passada e agora começo a sentir pouco a pouco as costas aliviarem-se do peso que era aquele serviço, mas ao mesmo tempo começo a ser inundada pelo medo do futuro!
Estou exatamente assim como na foto acima...no meio da minha estrada. Sei que só posso seguir em frente, mas não faço a mínima idéia de onde vou chegar afinal!
Que curvas ou bifurcações me esperam lá na frente? Quanto ainda devo caminhar? Droga...por que é mais fácil fazer as perguntas do que respondê-las?

Estou em verdade no meio do que deveria ser um caminho espiritual! Comecei, já dei o primeiro passo e, na verdade, sinto que os demais são consequencias...acho que é esse medo que não me deixa ver...que não me deixa sentir o caminho e o cheiro das flores ao redor, pq toda estrada tem seus cheiros, toda viagem seus valores e todo caminho seus sentimentos...o importante é chegar lá, um dia, mas sentir com toda a intensidade que o momento oferece, o caminho que se percorre!
Estou parada em frente ao meu computador... estou com um bloqueio incrível para escrever sobre o meu TCC e isso, aliado à falta de trabalho momentânea me faz sentir culpa.
Vejam bem, sinto culpa por desacelerar meu ritmo, sinto que se isso acontecer, o mundo me atropela e sabe-se lá quando vou conseguir levantar novamente no atropelo do mundo...me sinto bem de ter tirado aquele peso da pressão que me sufocava de meus ombros, mas me sinto culpada por fazê-lo, ainda que eu saiba que não podia ter sido diferente, que eu não conseguiria aguentar mais um dia naquele lugar.
Então, analisemos: fiz algo de bom para mim me livrando de uma situação insatisfatória, estou ainda tentando me situar nessa "nova vida" e ainda por cima, comecei uma jornada que, tenho certeza, me levará a caminhos melhores...a momentos melhores de mim...então, por que sinto culpa???
Talvez a resposta que eu busque seja soprada no vento, como algo mágico ou talvez já esteja dentro de mim...mas de qualquer forma, uma coisa é certa: o medo não me deixa ouví-la. Ele mascara meus sentimentos e até meu caminho, prende minhas pernas e me sopra aos ouvidos palavras desencorajadoras, mas não é essa a eterna batalha da vida? Você contra si mesmo? Seu consciente e sua vontade de evoluir batalham constantemente com seus medos, pois eles te aprisionam, de uma tal forma que nem barras de ferro ou muros altos conseguem, seus medos te aprisionam e te impedem de seguir... se você parar de lutar, vai ser eternamente escravo deles... Siga em frente, puramente.
Esqueça a culpa, ela não leva a nada, apenas a uma mórbida contemplação do passado, você tem que pensar no futuro, no agora...faça o que lhe parece melhor no momento e quando surgir alguma dúvida sobre certos e errados, se lembre... você fez o seu melhor!
No mais, esqueça a mente... ela se domina fácil pelo medo e viva um pouco mais pelo coração. A força dele há de te impressionar (e de me impressionar também), mas confie na sua coragem e no que ele diz...siga a intuição para variar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Qual o problema das pessoas de hoje?


Qual o problema das pessoas de hoje?

O mundo grita por paciência, ninguém aguenta mais correr como a sociedade nos empurra, mas assim mesmo continuamos correndo e correndo, sem notar que na verdade estamos cada vez mais perdendo nossa humanidade nessa corrida insana, nesse ignorar de nossos semelhantes.
Não há mais espaço para erros, para aprendizagem, para respirar... se exige cada vez mais celeridade em tudo que fazemos, se exige perfeição e se ensina pouco, a idade conta muito e cada dia que se fica parado, pelo menos 10 pessoas já passaram a sua frente, mas será que fomos feitos para sermos assim?
Competitividades a parte, será que realmente nascemos para vivermos em função de um trabalho que sequer garante nossa subsistência e que vai te chutar se encontrar alguém que possa oferecer mais lucro para a empresa?
Observo também, não sei se você também, que vivemos relacionamentos expressos nos tempos de hoje também. Namoros tem a intensidade de alguns meses, casamentos duram poucos anos, filhos crescem em lares desfeitos e lares crescem com filhos desfeitos, sempre correndo, nos esquecemos de nos dedicar (mas será que haveria tempo?).
As pessoas também são expressas, pelo menos a maioria dos homens que passam pela minha vida são. Assim, não tem tempo de analisar a "história do livro", já que não se julga o livro pela capa, mas simplesmente aproveita-se o máximo que pode da parca informação da capa do livro para tentar deduzir o interior do mesmo, afinal, ninguém teria tempo de lê-lo primeiro.
Vejo pessoas cada vez mais egoístas, mais mesquinhas. Elas exigem demais do outro e se dão pouco (ainda estou falando só de relacionamentos ou será que no trabalho também é exatamente assim?), sendo assim que cada vez mais nos fechamos em muros que formamos em torno de nós afinal, como confiar em alguém que está nos usando (e sabemos que estamos sendo usados quando estamos, ainda que não queiramos enxergar)? Se o mundo é dos espertos, pare o mundo que eu quero descer!
Se as pessoas pensassem um pouco mais em simplesmente dividir o que elas tem, seja amor, conhecimento, paciência, senso de justiça, ao invés de tomar mais e mais para si o dinheiro, a atenção, o amor e a consideração do próximo, teríamos um mundo melhor...
Talvez a solução seja simplesmente desacelerar, mas a pergunta que não cala é, como desacelerar se o mundo ao seu redor continua a corrida frenética? Como viver melhor se a sociedade te empurra a uma vida cada vez mais corrida, cada vez mais competitiva? Que tipo de seres humanos estamos nos tornando? Qual o problema das pessoas de hoje?...
As perguntas já tenho... só me faltam respostas.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

♥ ♥ Energia ♥ ♥

Coisa estranha essa tal de energia e como às vezes pequenas coisas dão um up completo em sua vida...Hoje me sinto melhor. Nem mesmo o trânsito não me deixou tão triste. Acho que foi uma teia de acontecimentos que me colocou de bem com a vida hoje. Uma amiga querida há muito tempo não vista, boas risadas, jantar fora, um bom desempenho no trabalho, as capinhas coloridas que a minha mãe ganhou hoje e uma das coisas mais importantes do meu dia... um ramo de flores azuis.
Porque as flores azuis? Há algum tempo venho desenvolvendo uma compulsão por flores VIVAS, nada daqueles buquets de flores que não tem raiz, que estão lentamente definhando aos olhos de quem as "admira"...cruel demais para mim. Comecei com um vaso de margaridas que comprei para minha mãe...depois foram empatis para o jardim e hoje ganhei em retribuição um vaso de flores azuis, as quais não sei o nome, nem minha mãe soube precisar, mas o fato é que as flores azuis foram o selante do meu dia...serviram para fazer minha felicidade passageira ficar duradoura...
Não são exatamente as flores em si, confesso (apesar de eu ter achado elas lindas e se não fosse tão difícil postar foto aqui, postaria uma delas), mas a atitude. Serve para demonstrar que nossa amizade está aí...linda, leve e florida, como aquele vaso. Sorrindo em azul, branco ou cor de rosa, mas sorrindo, sempre! As flores são uma desculpa para dizer que a amizade está lá, forever, como uma ponte que sempre pode ser atravessada e não importa o quanto o tempo passe, o quanto a vida mude, em que ponto da minha "estrada de evolução" eu esteja, sempre terei ao meu alcance a ponte, o conforto...acho que foi esse o símbolo que começou com o vaso de margaridas e ver que ele continua aparecendo em minha vida, agora no formato de flores azuis é simplesmente confortador!
Às vezes a mudança é um saco! Me adaptar ao meu "new job" está sendo particularmente difícil, em especial com toda a pressão e a correria que ocorrem lá todos os dias...  é simplesmente bom saber que tem alguém que vai colorir seu dia, sempre que ele ficar branco e preto!!!
Por essas e outras, hoje me sinto transbordante de energia. Consigo sim chegar até o feriado, quem sabe até chegar ao mês que vem? De passo em passo, de dia em dia, eu sigo minha vida na incerteza da adaptação, na felicidade do conforto que ainda tenho.!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

❀'Prá não dizer que não falei de flores'❀

Hoje o peso do mundo está dentro da minha cabeça. Da buzina do carro atrás de mim, do homem que tenta me passar pela direita e que faço de conta ignorar, ainda que morra de medo que ele acabe amassando o meu carro... do serviço, dos gritos, da tensão, ou seja, o peso do mundo está na minha cabeça que dói com tudo isso, em especial ao finalmente chegar ao silêncio calmo da minha casa.
Não que não existam barulhos por aqui, mas é que eles não são ameaçadores...não muito, pelo menos.
Há pesos aqui também, mas sinto que eles são mais leves, menos urgentes... é um portão que não abre direito, uma parede que não está como eu queria, mas ao menos são meus problemas, por isso são mais leves. Talvez porque eu mitigue o peso que eles realmente deveriam ter em minha vida, afinal, um portão que não funciona direito é importante porque é o MEU portão, o fato de eu não encontrar um mecânico para fazer a revisão do meu carro, mesmo estando próximo do feriadão que eu precisaaaaaaaaaava ir pra praia, deveria importar mais na minha vida porque é o MEU carro e o MEU feriado, mas não...invés dessas importâncias, pairo na importância do problema dos outros, porque é de lá que vem meu ganha-pão.
Às vezes me pergunto se isso compensa, se o dinheiro que recebo no final do mês realmente paga o peso que meus problemas passam a não ter, se paga os fins de semana em que estou esgotada, querendo nada mais do que dormir.
Tem também o aprendizado. Ah, esse tem mesmo! Em seis meses de prática, aprendi coisas que nunca me ensinaram em cinco anos... mas a lição mais valiosa que aprendi e continuo aprendendo todos os dias é que nem sempre ganhar é reconfortante...há batalhas para se ganhar e batalhas para se perder, apesar da gente ter que lutar todas elas, pois mais vale uma batalha perdida do que a consciência pesada por tê-la ganho de maneira errada.
Tem uma música que fala sobre isso... "you cross the finish line, won the race, but lost your mind...was it worth it after all?". Será que valeu a pena? Será que vale a pena? Como o futuro será melhor com as concessões que fazemos hoje?...mas será que será mesmo melhor com as concessões que fazemos hoje ou deveríamos apenas viver, curtir o presente que o resto seria consequencia? Como diria a música, was it woth it after all?

domingo, 29 de agosto de 2010

♥ A vida e seus problemas ♥

Quanto mais pensamos em nossas próprias vidas, mais paramos para analisar os problemas que existem nela e acho que não poderia ser diferente, na realidade... "não existe pensamento sem um problema que o origine", dizia meu professor... acho que no mais ele está correto!
Sem querer parecer dark ou melancólica, let´s face it, o problema está lá aonde quer que olhe... quero dizer, aonde quer que demoremos o olhar por algum tempo e quando o problema é grande demais, alguns de nós nem sequer querem olhar...preferem a ignorância ao terrível fardo de resolver um problema, afinal, um problema percebido é um problema que "devemos resolver"!
Sem sequer saber se esta imposição é da sociedade ou de nõs mesmos, seguimos em frente, ignorando ou resolvendo os entraves de nossas vidas (e o que passam a fazer parte delas). Será por isso que nos cansamos tanto no trabalho? Que chegamos em casa muitas vezes não com aquela sensação boa de "dever cumprido", mas como se o peso do mundo estivesse em nossas costas?
Será que é assim (e por isso) que usamos nossos fins de semana? Para recobrar as forças e as energias para as batalhas que enfrentaremos novamente às segundas-feiras? Ou será que em verdade essa batalha nunca acaba, nunca nos dá uma trégua, nem mesmo quando estamos em casa, com as cabeças cobertas pelos travesseiros, no escuro e segurança de nossos quartos?
Me sinto assim hoje....me sinto assim o fim de semana inteiro, a semana inteira! Parece que o peso em meus ombros não sede nem um pouquinho e sei que amanhã é exatamente isso...segunda feira. O recomeço da batalha da semana!
Como suportar? Como aprender a lidar com isso? Ainda não sei, mas escrever melhora em muito a sensação.
XX.