quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Paciência e o Amor são o caminho.
Pois bem, sempre soubemos que Paciência e Amor são o caminho para resolver os problemas da vida, mas não nos faltam essas duas características no dia a dia?
"Ah, mas eu sempre tenho paciência com as pessoas, reajo com amor..." bem... e se eu te dissesse que você precisa ter mais paciência e mais amor por VOCÊ MESMO?
Pois é, aí as coisas mudam de figura e os mais elevados de espírito se vêem desconcertados.
Queremos ser saudáveis. Mas não conseguimos comer somente coisas que sabemos que nos fazem bem.
Queremos ser malhados, fitness, detentores de um corpo perfeito. Mas não aguentamos ficar horas em uma academia ou fazer exercícios todos os dias.
Queremos ser inteligentes. Mas por mais que tentemos, tem coisas que não entram na nossa cabeça.
Então o que fazer? Desistir?
Bem, aí eu digo que entra o TEMPO.
Tempo?
Sim... fomos acostumados com uma rotina. Muitas vezes uma rotina de correria. Vendemos nosso tempo para o trabalho (sim, vendemos, pois (i) realizamos tarefas que nem sempre gostamos em (ii) um horário determinado e (iii) recebemos por isso), ele nos consome, mas precisamos dele para sobreviver.
O problema é que às vezes não percebemos que, nessa correria, nos alimentamos mal (comemos o que dá, a hora que dá e muitas vezes nos acostumamos com "coisas gostosas", que saciam o paladar, ao invés do corpo), não nos exercitamos com frequência e deixamos nosso aprendizado pessoal para depois.
Então como ser tudo isso?
Bem, resolvi entrar em uma academia e virar o jogo. Contratei entregas de marmitas fit e um curso que me trará as informações que "preciso" para me sentir/ser inteligente.
Mas o nosso corpo não quer, não aguenta a academia (aquela rotina de exercícios puxados com o qual não está acostumado), sente fome com as marmitas fit e o cérebro não absorve o conhecimento daquele curso que resolvi fazer. E agora?
"Eu sou um fracasso", nos dizemos...
Mas nos acostumamos com aquela rotina de alimentação gostosa, mas nada saudável, que nos dá as calorias que nosso corpo aprendeu que vamos consumir. Nos acostumamos a ficar horas sentados na frente de um computador trabalhando, fazendo relatórios, exercitando nossos cérebros em tarefas pré-concebidas e, por fim, acostumamos nosso cérebro que, após as horas vendidas no serviço, ele poderia descansar.
Aí, simplesmente levantamos do sofá (ou cadeira) em uma segunda-feira aleatória (sempre começamos nas segundas feiras rs) e vamos modificar nosso corpo e mente em um dia... uma semana... um mês. Não conseguimos e nos sentimos derrotados. Resultado? Desistimos.
Mas e se começarmos leve? Com mais paciência conosco para modificarmos a rotina aos poucos e amor para não nos julgarmos quando não dermos conta dessa modificação?
Podemos começar com uma caminhada na esteira de 10 minutos. Pouco? Bem, para quem ficava parado neste tempo, não é!
Podemos começar trocando um item "gostoso" do nosso prato no almoço e jantar por algo saudável. Faz diferença? Ao longo do tempo sim, pois assim que nos acostumarmos com a nova rotina, até o paladar vai mudando.
Podemos começar dedicando dez minutos todos os dias para pesquisar alguma coisa que nos melhore intelectualmente. Parece pouquíssimo tempo, mas já é uma evolução.
Portanto, paciência, meus amigos... não com os outros, mas com vocês mesmos e, se um dia não fizermos um exercício físico, não comermos coisas que fazem bem ao nosso organismo ou não conseguirmos estudar outros assuntos, amor para aceitar que existe um amanhã para voltar a fazer tudo de novo.
Com o tempo, dez minutos passam para duas horas e um item fit do prato pode virar um hábito de refeições saudáveis, estudar vira um prazer e evoluímos sem nem perceber.
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Pois bem... Deus também é escolha. Não é só porque acontecimentos levam sua vida para lá ou para cá que você deve aceitar a nova localização.
Deus te oferece e te auxilia, mas só você pode, por fim, fazer o julgamento de qual a melhor escolha para a sua vida.
A voz sutil que sussurra palavras e amor e confiança em seu ouvido faz parte do seu julgamento e, às vezes, Deus, em sua infinita sabedoria, te coloca supostas "bênçãos" - sussurrando sutilmente que não as são - esperando que você as julgue por si mesmo e lhe dano não só o poder, mas a própria lição da Escolha.
Ah, o Livre Arbítrio. Quem foi que disse que todas as portas que Deus abre em sua frente são para ser seguidas por você? Não... às vezes, as portas somente estão lá para lhe ensinar lições: "amar outra pessoa sem se amar antes é um erro"; "casamentos não são eternos"; "amar pelos dois não vai manter sua família segura ou junta"; "você pode e deve escolher seus próprios caminhos" e, por fim e mais importante; "escute sempre o sutil. Nele Deus e os anjos se manifestam. Não são os ventos que são o sutil, são as brisas".
Carinho por vocês e pela Vida.
sexta-feira, 5 de junho de 2020
A máquina de escrever.
Minha grande paixão pela escrita começou quando eu era criança.
Antes mesmo de eu aprender a escrever, pegava alguns cadernos e "escrevia" minhas histórias (ainda que ninguém pudesse ler, me achava a própria Agatha Crhistie).
Uma vez, peguei um caderno de desenho e inventei uma "história em quadrinhos", outra, fiz um pequeno livro com folhas de sulfite e rabisquei histórias de terror. Todas as minhas histórias eram fanaticamente acompanhadas por meus fiéis leitores (minhas bonecas, meus cachorros e minha mãe que - coitada - era obrigada a ler cada linha e ainda elogiar) afinal, um escritor não é nada sem alguém que conheça suas ideias.
Foi então que um dia, eu a encontrei! Uma máquina de escrever!
Ah, aquilo era lindo. Comecei a dedilhar em suas teclas duras e, na minha pequena força de criança, as letras quase não apareciam no papel, com a tinta clara, desbotada, e parcialmente apagadas, mas eram minhas palavras.
Nos filmes, os escritores a usavam. Nas séries, os repórteres a usavam e eu me sentia como se fosse um deles. Como se adentrasse em uma sociedade secreta, eu escrevia.
Foi então que minha mãe resolveu me dar umas aulas de datilografia. Pronto! Enfiei uma máquina fotográfica na bolsa, um bloquinho e lápis e passei a me sentir uma repórter investigativa. Mas logo notei que eu não era uma.
Então continuei com os "livros".
Neste ponto devo salientar que, olhando para trás, tenho dó da minha mãe. Mas ela era professora e sabia como instigar o amor pelas palavras em uma criança e eu cresci.
Cresci lendo, cresci escrevendo, cresci desenvolvendo ideias, fantasias, mundos e personagens próprias.
Viajei para diversos países em diversas épocas diferentes nas páginas dos bem fadados livros que lia e voltei para casa todas as vezes que fechei suas capas. Vivi diversas vidas, conforme as personagens que eram apresentadas a mim e ao mundo por páginas e páginas escritas. Amei diversas vezes, chorei algumas outras, mas nunca deixei de me apaixonar pelas letras, pelos livros, pelos contextos.
Quanto a mim? Bem, nunca escrevi realmente (nada além do que alguns artigos jurídicos).
Quanto a máquina de escrever? Ela foi esquecida em um canto da casa, hodiernamente cheia de teias de aranha e poeira - lugar dedicado para todos os que se tornaram obsoletos.
Posso dizer, talvez, que meu sonho de menina (escrita) ficou lá, junto com aquela máquina, encostada em um canto bolorento e poeirento da casa, esquecida em meus pensamentos de adulta, mas um dia....
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