quinta-feira, 16 de maio de 2013

...e quem eu nunca imaginei... me magoou!

                

Foi um meio de semana... foi uma viagem inesperada... ao menos para mim.
Foi um dia solitário. Foi a espera assassina por mensagens e toques em um celular calado.
Foram horas olhando para a tela com o coração batendo forte, esperando por alguém que prometeu...mas que não veio...
Foi a incerteza (e ainda é a incerteza dolorida) que atravessou meu coração e por fim a mensagem que eu tanto tinha esperado que me fez sentir uma idiota por ter esperado, por ter sentido, por ter corrido para pegar o celular... por ter feito o que ele não fez.
Foi a raiva que veio, por fim...
Raiva de mim por ter esperado... raiva dele por ter me prometido coisas que ele não pretendia cumprir... raiva dele ter me feito esperar...raiva de ter sido enganada...de novo.
Se está tudo igual? Não... definitivamente não!! Eu achei que ia doer bem menos.. que ia passar mais depressa... que eu ia esquecer e deixar ir, como fiz de outras vezes, mas parece que dessa vez a dor é diferente... é incerteza, raiva e tristeza misturada num mesmo emaranhado venenoso que mata meu coração aos poucos... basta lembrar do assunto...
Se eu ainda o amo? Não!! Agora não! Talvez se um dia eu consiga perdoá-lo por tudo... pelo gelo...pelas mentiras...por me enganar... talvez então eu volte a sentir algo que não dor quando penso nele (amor não é isso... isso é dor, mágoa.. é forte, mas não é amor).
Deve ter sido amor... mas ainda dói... eu sei que é ruim... mas... meu coração sangra.. de novo.

"Por que os homens são tão ogros e as mulheres tão idiotas?" (eu quis postar no face).... mas calei. Não podia dizer nada...

Deve ter sido amor... mas essa dor ainda me mata. Queima o coração, derrete o peito e cai pelo meu rosto em forma de lágrimas... o sulco salgado delas marca minha alma e mais uma vez a dor... ciclo vicioso sem fim!!!

Dor...está tudo bem...só que não está. Sorriso. Mais dor. Está tudo bem....mas dói muito. Deve ter sido amor... mas eu não direi nada.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

@nten@ndo!

        

Ligo meu computador e minha tela me saúda. Minha melhor foto preta e branca sorri para mim do outro lado da tela e eu me reconheço naquele aparelho.

A internet me liberta. Estou solta na rede. Vejo o mundo todo...e o mundo não me vê de volta. Ninguém conhece os defeitos que existem por trás de minhas @´s, ninguém vê meu sorriso forçado quando o mundo me deixa para baixo ou o rubor nas minhas bochechas... aqui eu reino.

Blogs, redes sociais, chats, fóruns... sou só o que quero ser, liberta de uma casca mortal, de uma personalidade pré-constituída, de cobranças sem sentido, da vergonha, do fingimento... liberta de mim mesma.

Em meio a teclas e pensamentos, eu me liberto, deixo minha alma ser o que ela nasceu para ser...plena. Não tenho que desviar os olhos ou fingir que sou mais extrovertida e divertida do que realmente sou, para que? A rede me entende, me aceita... a tela suave do computador jamais julga meu rosto, meus gostos, meu corpo, a comida que como em frente a ele, as escolhas que faço na minha vida... para que vergonha então?

Ato sem consequência, vontade sem limite, possibilidades infinitas me aguardam no meu infinito particular que repousa lívido sob o meu colo. Aqui eu fujo das multidões dos shoppings e compro o que eu quero, converso com meus principais amigos (com quem eu quero a hora que quero), ou mesmo desapareço e não encontro ninguém. Aqui sou livre para ouvir minhas músicas mais tristes, aquelas que calam fundo na minha alma... ou aquelas que me fazem pular, sem que ninguém julgue meu gosto musical, meus sorrisos, minhas lágrimas... aqui eu me entendo... me explico (ninguém entenderia mesmo, o mundo não me olha de volta e isso é maravilhoso), aqui eu me confesso, mas não pago meus pecados...aqui não há pecados a se pagar.

Minha opinião, aquela mesma que eu calo durante o dia, eu a exponho aqui. Tento ser melhor em alguns dias... pior em outros...

Aqui ninguém me ataca, a menos que eu permita, que eu queira.... eu vejo o mundo mas o mundo não vai me ver se eu não quiser que seja assim. Eu fujo, entro e saio, busco respostas a velhas perguntas (ou a novas, quem se importa? Aqui minhas dúvidas não são estúpidas, a internet me aceita completamente), descubro, inovo, crio!!!

Por isso eu amo tanto esse meu mundo... meu teclado, meu notebook, a tela complacente que brilha para o meu olhar cansado de um dia fingido, de um dia calado, de um dia cheio de sapos para engolir... mas aqui eu sou livre... e ninguém manda em mim.. aqui é o meu refúgio... meu esconderijo. Aqui minha personalidade é livre para flutuar... sem chefes, sem pessoas para impressionar, sem pressão... só eu e meu doce infinito particular.