terça-feira, 14 de setembro de 2010

❀Desacelerando...com culpa!❀

❀❀ Hoje é terça feira e estou em casa!.!
Pedi minha demissão na 5ª feira passada e agora começo a sentir pouco a pouco as costas aliviarem-se do peso que era aquele serviço, mas ao mesmo tempo começo a ser inundada pelo medo do futuro!
Estou exatamente assim como na foto acima...no meio da minha estrada. Sei que só posso seguir em frente, mas não faço a mínima idéia de onde vou chegar afinal!
Que curvas ou bifurcações me esperam lá na frente? Quanto ainda devo caminhar? Droga...por que é mais fácil fazer as perguntas do que respondê-las?

Estou em verdade no meio do que deveria ser um caminho espiritual! Comecei, já dei o primeiro passo e, na verdade, sinto que os demais são consequencias...acho que é esse medo que não me deixa ver...que não me deixa sentir o caminho e o cheiro das flores ao redor, pq toda estrada tem seus cheiros, toda viagem seus valores e todo caminho seus sentimentos...o importante é chegar lá, um dia, mas sentir com toda a intensidade que o momento oferece, o caminho que se percorre!
Estou parada em frente ao meu computador... estou com um bloqueio incrível para escrever sobre o meu TCC e isso, aliado à falta de trabalho momentânea me faz sentir culpa.
Vejam bem, sinto culpa por desacelerar meu ritmo, sinto que se isso acontecer, o mundo me atropela e sabe-se lá quando vou conseguir levantar novamente no atropelo do mundo...me sinto bem de ter tirado aquele peso da pressão que me sufocava de meus ombros, mas me sinto culpada por fazê-lo, ainda que eu saiba que não podia ter sido diferente, que eu não conseguiria aguentar mais um dia naquele lugar.
Então, analisemos: fiz algo de bom para mim me livrando de uma situação insatisfatória, estou ainda tentando me situar nessa "nova vida" e ainda por cima, comecei uma jornada que, tenho certeza, me levará a caminhos melhores...a momentos melhores de mim...então, por que sinto culpa???
Talvez a resposta que eu busque seja soprada no vento, como algo mágico ou talvez já esteja dentro de mim...mas de qualquer forma, uma coisa é certa: o medo não me deixa ouví-la. Ele mascara meus sentimentos e até meu caminho, prende minhas pernas e me sopra aos ouvidos palavras desencorajadoras, mas não é essa a eterna batalha da vida? Você contra si mesmo? Seu consciente e sua vontade de evoluir batalham constantemente com seus medos, pois eles te aprisionam, de uma tal forma que nem barras de ferro ou muros altos conseguem, seus medos te aprisionam e te impedem de seguir... se você parar de lutar, vai ser eternamente escravo deles... Siga em frente, puramente.
Esqueça a culpa, ela não leva a nada, apenas a uma mórbida contemplação do passado, você tem que pensar no futuro, no agora...faça o que lhe parece melhor no momento e quando surgir alguma dúvida sobre certos e errados, se lembre... você fez o seu melhor!
No mais, esqueça a mente... ela se domina fácil pelo medo e viva um pouco mais pelo coração. A força dele há de te impressionar (e de me impressionar também), mas confie na sua coragem e no que ele diz...siga a intuição para variar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Qual o problema das pessoas de hoje?


Qual o problema das pessoas de hoje?

O mundo grita por paciência, ninguém aguenta mais correr como a sociedade nos empurra, mas assim mesmo continuamos correndo e correndo, sem notar que na verdade estamos cada vez mais perdendo nossa humanidade nessa corrida insana, nesse ignorar de nossos semelhantes.
Não há mais espaço para erros, para aprendizagem, para respirar... se exige cada vez mais celeridade em tudo que fazemos, se exige perfeição e se ensina pouco, a idade conta muito e cada dia que se fica parado, pelo menos 10 pessoas já passaram a sua frente, mas será que fomos feitos para sermos assim?
Competitividades a parte, será que realmente nascemos para vivermos em função de um trabalho que sequer garante nossa subsistência e que vai te chutar se encontrar alguém que possa oferecer mais lucro para a empresa?
Observo também, não sei se você também, que vivemos relacionamentos expressos nos tempos de hoje também. Namoros tem a intensidade de alguns meses, casamentos duram poucos anos, filhos crescem em lares desfeitos e lares crescem com filhos desfeitos, sempre correndo, nos esquecemos de nos dedicar (mas será que haveria tempo?).
As pessoas também são expressas, pelo menos a maioria dos homens que passam pela minha vida são. Assim, não tem tempo de analisar a "história do livro", já que não se julga o livro pela capa, mas simplesmente aproveita-se o máximo que pode da parca informação da capa do livro para tentar deduzir o interior do mesmo, afinal, ninguém teria tempo de lê-lo primeiro.
Vejo pessoas cada vez mais egoístas, mais mesquinhas. Elas exigem demais do outro e se dão pouco (ainda estou falando só de relacionamentos ou será que no trabalho também é exatamente assim?), sendo assim que cada vez mais nos fechamos em muros que formamos em torno de nós afinal, como confiar em alguém que está nos usando (e sabemos que estamos sendo usados quando estamos, ainda que não queiramos enxergar)? Se o mundo é dos espertos, pare o mundo que eu quero descer!
Se as pessoas pensassem um pouco mais em simplesmente dividir o que elas tem, seja amor, conhecimento, paciência, senso de justiça, ao invés de tomar mais e mais para si o dinheiro, a atenção, o amor e a consideração do próximo, teríamos um mundo melhor...
Talvez a solução seja simplesmente desacelerar, mas a pergunta que não cala é, como desacelerar se o mundo ao seu redor continua a corrida frenética? Como viver melhor se a sociedade te empurra a uma vida cada vez mais corrida, cada vez mais competitiva? Que tipo de seres humanos estamos nos tornando? Qual o problema das pessoas de hoje?...
As perguntas já tenho... só me faltam respostas.